“Gosto de filmes sobre a realidade, mas com simbologia e metáfora. A arte tem uma maneira oblíqua de dizer as coisas, buscando zonas obscuras, a dos naufrágios. Coppola fez Apocalipse now sobre a guerra do Vietnã mas foi buscar a metáfora no Coração das trevas do Conrad. A realidad é importante, mas o filtro da arte é muito mais. Se esse filme (Afirma Pereira) não tiver filtro, prefiro ver um documentário sobre o salazarismo... Às vezes gosto, às vezes não (dos filmes de meus livros). No Noturno indiano gostei especialmente porque o Alain Corneau não caiu na tentação de fazer um postal com o folclore indiano. Foi muito discreto, rodou dentro de interiores de quartos, hospitais, hotéis”.
Fonte: Jornal do Brasil, 06/08/1994 (Norma Couri)
“A diferença (entre o cinema e a literatura) é que o cinema tem que escolher uma linha e o diretor privilegiou, do meu romance, o aspecto político. Como sabe, o meu romance tem muitos aspectos: estético, psicológico, metafórico. É o romance de uma vida. Mas o cinema tem que usar a tesoura. Às vezes brutalmente, embora eu tenha gostado muito da interpretação do Marcello Mastroianni”.
Fonte: Jornal do Brasil, 25/11/1995 (Araújo Netto)
"Eu acredito que quando um livro se transforma em cinema é outra coisa, é outra linguajem, é uma obra absolutamente independente. Sería pouco inteligente por parte de um escritor ir al cinema ver um filme baseado em uma obra sua e que, ao ver que no é o que ele escreveu se sinta traido...
É claro que ol cineme necesita da literatura, porque necesita de uma estrutura narrativa, e a busca principalmente na literatura. É uma relação muito intensa.
Fonte: www.um.es/campusdigital (11/07/2012)
|