“Eu devo confessar que escrevo, quando tenho tempo, de manhã, gosto de escrever de manhã, levanto-me às 6 ou 7 da manhã e tento captar os restos dos meus sonhos. E a partir dessas imagens vagas que nos ficam dos sonhos eu geralmente parto para histórias que podem até não ter nada a ver com aquela imagem ou resto dela, mas que me estimulam a imaginação para uma ficção, uma invenção”, e “a obra tem de ser depois corrigida à luz implacável da vigília, do dia, da consciência e da razão. Deste diálogo entre o inconsciente e a consciência é que eu julgo que pode nascer alguma coisa de válido, que eu julgo que ainda não escrevi, mas que um dia espero vir a escrever.”
Fonte: DELGADO, Ana Maria. Intertextualidade em "Os passeios do sonhador solitário", de Almeida Faria. Cartaphilus: Revista de Investigación y Crítica Estética, nº 4 .2008, p.38-49.
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