"Richter, em seu Tratado sobre a harmonia, como o senhor sabe, diz: ‘Há os princípios de harmonia e contraponto; eles nada têm que ver com composição, que é uma atividade inteiramente à parte.’ A afirmação, que alguém fez, de que não se podia escrever certas formas de canzioni provençais em inglês é falsa. A questão de saber se isso era aconselhável ou não era outro assunto. Quando não havia o critério da linguagem natural sem inversão, tais formas eram naturais, e elas as realizavam com música. Em inglês, a música é de natureza limitada. Tem-se a perfeição francesa de Chaucer e Lawes. Não creio que eu tenha chegado a pensar nessa espécie de forma antes de me deparar com os coros de Trachiniae. Não sei se cheguei, na verdade, a algo, mas aquilo me pareceu um prolongamento das gamas. Pode ter sido uma ilusão. Estivemos sempre interessados na mudança de intensidade na união de motz et son, do mundo e da melodia".
Fonte: COWLEY, Malcolm. Escritores em ação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1968.
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