por Carlos Drummond de Andrade
"Cecília é o caso de poesia total. Cecília é o próprio nome da poesia. Riqueza verbal e espiritual. E nobre por fora e por dentro. Não participa nunca das coisas menos elevadas. Não tem deficiências. E poesia no sentido universal. Tem coisas que não se encontram em nenhum outro".
Fonte: BLOCH, Pedro. Pedro Bloch entrevista. Rio de Janeiro: Bloch Editores, 1989.
por Hilda Hilst
“Sempre respeitei muito o trabalho de Cecília, é claro, e foi numa homenagem a ela, no Salão de Chá da Casa Mappin, em São Paulo, que conheci a Lygia (Fagundes Telles), minha grande amiga até hoje. Gosto muito do trabalho da Cecília, mas não o suficiente para que tenha sido uma presença fecundante. Não chegamos a nos tornar amigas. Ela era muito delicada e evidentemente uma pessoa sensível. A única correspondência que tivemos foi por ocasião do lançamento da Balada de Alzira, meu segundo livro de poesias. Ela me mandou uma carta comentando o livro e onde dizia: ‘Quem disse isso deve dizer mais’. Vindo dela, isso foi um incentivo muito importante, e eu respondi agradecendo”.
Fonte: D.O. Leitura (S.Paulo), maio de 2003
por Manuel Bandeira
"Cecília, és libérrima e exata; como uma concha. / Mas a concha é excessiva matéria ... / E a matéria mata. / Cecília, és tão forte e tão frágil; como onda ao termo da luta. / Mas a onda é água que afoga. / Tu, não, és enxuta. / Cecília, és como o ar, diáfana. / Mas o ar tem limites. / Tu, quem te pode limitar? Definição: / Concha, mas de orelhas; / água, mas de lágrimas;/ ar com sentimentos;/ brisa, viração de asa de uma abelha".
Fonte: BLOCH, Pedro. Pedro Bloch entrevista. Rio de Janeiro: Bloch Editores
por Mario Benedetti
"Gosto de ler, especialmente, Graciliano Ramos, Clarice Lispector e Nélida Piñon. Penso, sobretudo em Clarice, Nélida e também Cecília Meireles, que é um dos meus poetas favoritos. Gsoto muito da literatura escrita por mulheres".
Fonte: O Estado de São Paulo, 14/06/1997 - José Castello
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por Mario Quintana
"Conheci a Cecília - que para mim é a maior poeta brasileira desta metade do século - em 1935; era quatro anos mais velha do que eu. foi ela qum publicou meus primeiros poemas lá no rio de Janeiro. ela implicava com as comparações: "como", "assim como", "tal como". Isso divide o poema em duas partes: numa parte fica o assunto e na outra fica a aura que tem cada coisa".
Fonte: RICCIARDI, Giovanni. Auto-retratos. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
por Marly de Oliveira
"Conheci Cecília Meireles aos 16 anos, e fiquei fascinada por ela - que era uma grande dama - e pela sua poesia. Em certo período ia a sua casa uma vez por semana".
Fonte: SARAIVA, Arnaldo. Conversas com escritores brasileiros. Porto: ECL, 2000 (Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses).
por Oswald de Andrade
"Não vou nem com a cara nem com a poesia dessa senhora".
Fonte: Versus (São Paulo), nº 6, nov. 1976
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