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ENTREVISTA SIMULTÂNEA

Alceu Amoroso Lima

Nasceu em 11/12/1893, no Rio de Janeiro, e adotou desde 1919 o pseudônimo “Tristão de Atahyde”. Crítico literário, advogado, diplomata e membro das Academias de Letras do Brasil, Argentina e Uruguai, além de escritor-filósofo, foi um prodigioso editor com a fundação da Editora Agir e administrador do Centro Dom Vital. Aos 16 anos, ingressou na Faculdade de Direito. Em 1912, na companhia de Ronald de Carvalho e Rodrigo Octavio de Faria, dirigiu a revista A Época, onde publicou seu primeiro conto Desilusão e muita crítica literária. A experiência como ficcionista durou pouco. Foi socorrido por Afonso Arinos, que (ironicamente) o “desiludiu” em relação ao gênero e o fez ver a inaptidão para ficção. Sua verve era dirigida mais à reflexão, crítica, ensaio e polêmica, que manteve por 25 anos na seção literária d’O Jornal. Por meio dessa seção, foi o porta-voz oficial da Semana de Arte de 22. Em 1945, tendo abandonado a crítica literária, passou a colaborar com o Diário de Notícias, escrevendo durante muitos anos sobre política, religião, economia, direito e problemas diversos. Seu veículo de divulgação sempre foi o jornal, tendo os últimos textos publicados regularmente no Jornal do Brasil. Sua produção é vasta – a obra completa publicada pela Agir tem 35 volumes – e variada, em que explora vários campos do conhecimento. Numa entrevista em 1945, Homero Senna lhe perguntou qual era o preferido entre seus livros. “Gosto mais de Idade, Sexo e Tempo, talvez por ser a mais autobiográfica. Creio, porém, que em Mitos do Nosso Tempo está mais bem expresso o que penso do mundo em que vivemos.” Em 1969, ao completar 50 anos de crítica literária, lançou Violência ou Não?, uma seleção de livros, artigos e correspondência. Em seguida, lançou Companheiros de Viagem e Meio Século de Presença Literária. Numa mesa-redonda transmitida pela TV em meados dos anos de 1970, integrada entre outros por Darcy Ribeiro, declarou que as civilizações não se acabam, o que elas cometem é suicídio. Darcy ficou pasmo: “Peraí, eu cuido muito bem disso! Isso que Alceu está dizendo é importantíssimo!”. Um de seus últimos trabalhos, publicados pela Agir, é Adeus à Disponibilidade, dividido em três partes: “Adeuses a Mim Mesmo”, “Adeuses aos Homens e Coisas” e “Adeuses a Meus Alunos”. Como se vê, preparava-se para uma despedida final, que se deu em 1983.

Prossiga na entrevista:

Como escreve?

Onde escreve?

Crítica Literária

Entrevista