Nasceu em 12/12/1940, no Rio de Janeiro. Cineasta, jornalista e escritor. Na década de 1990, por força das circunstâncias ditadas pelo governo Fernando Collor de Mello, que sucateou a produção cinematográfica nacional, foi obrigado a procurar novos rumos e encontrou no jornalismo o seu ganha-pão. Estreou como colunista de O Globo no final de 1995 e mais tarde levou para a TV Globo, no Jornal Nacional e no Bom Dia Brasil, o estilo irônico com que comenta os fatos da atualidade brasileira. Ao longo das décadas de 60, 70 e 80, dedicou-se ao cinema. Antes de lançar Pindorama (1970), seu primeiro filme de ficção, foi assistente de Carlos Diegues, Leon Hirszman e Paulo César Saraceni. Entre seus filmes mais famosos estão Toda nudez será castigada (1973) e Eu sei que vou te amar (1984). Em 1991, abandonou o cinema e iniciou colaboração semanal na Folha de S. Paulo, tornando-se uma das personalidades mais polêmicas da imprensa brasileira. Em 1995, começou a trabalhar como comentarista dos telejornais da Rede Globo. Como escritor já lançou cinco coletâneas de crônicas: Os canibais estão na sala de jantar (1993), Brasil na cabeça (1995), Sanduíches de realidade (1997), A invasão das salsichas gigantes e Amor é prosa, sexo é poesia (2004). Em toda sua obra, seja no cinema ou no jornalismo, ele faz uma crônica dos vícios da classe média do país. Vem daí sua ligação com Nelson Rodrigues, cujo universo temático ele compartilha. Foi dele que Jabor herdou o gosto pela hipérbole e pelo adjetivo, abundantes em seus textos. Capaz de escrever com fluência em estilos variados, é pródigo em aliar citações eruditas a uma visão debochada da realidade brasileira.
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