Cyro Versiani dos Anjos
Nasceu em Montes Claros, Minas Gerais, em 5 de outubro de 1906. Advogado, jornalista e romancista, lançou seu primeiro livro, O Amanuense Belmiro, em 1937, que foi um sucesso premeditado. Mantinha uma seção de crônicas no jornal A Tribuna, de Belo Horizonte, e adotou o pseudônimo “Belmiro Borba”. Como havia uma certa continuidade de temas e de personagens, os amigos imaginaram que ele estivesse escrevendo um romance e começaram a cobrar-lhe o livro, que finalmente foi publicado pela Editora José Olympio, a qual se encarregou da segunda edição, e constituiu-se na sua obra de maior sucesso de público e crítica. Escreveu um ensaio em 1954, em Portugal, publicado na Revista Filosófica, intitulado A Criação literária, mais tarde transformado em livro. Teve destacada atuação em órgãos públicos, chegando a ser oficial de gabinete do governador Benedito Valadares (1935-38) e Ministro do Tribunal de contas do Distrito Federal (1960). Apesar dessas atividades, não parou de escrever: Abdias (1945), Montanha (1956), Explorações do tempo (1963), A Menina do sobrado (1979). Em 1963, lançou Poemas coronários (1964) e, em seguida, participou da fundação da Universidade de Brasília, onde foi coordenador do Instituto de Letras e manteve uma Oficina Literária. Em 1969, ingressou na Academia Brasileira de Letras. Faleceu em 4 de agosto de 1994.
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