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ENTREVISTA SIMULTÂNEA

Elvira Vigna

Nasceu em 1947, no Rio de Janeiro. Jornalista, escritora e ilustradora. Tem vários livros publicados e alguns prêmios, como o de ficção da Academia Brasileira de Letras e um prêmio Jabuti de literatura infantil - setor a que se dedicou no início de sua carreira. Em seu site mantém para leitura livre os seus textos fora de catálogo. Segue uma autobiografia

Na carteira de trabalho sou jornalista. Trabalhei por diversos períodos em O Globo, para a Folha de São Paulo na época em que morei no exterior, para O Estado de São Paulo de 1999 a 2003. O último foi o Jornal do Brasil, onde publiquei artigos sobre arte contemporânea até o fim de 2006.Em 2007 passei a publicar os artigos no site Aguarrás (ISSN: 1980-7767), até fechar. Agora publico pelo Études Lusophones da Sorbonne IV (em português). Fui também editora. Minha editora, a Bonde, durou cinco anos, a revista marginal-literária A Pomba, que mantive com Eduardo Prado, um pouco menos. Em 1988 abri uma empresa de traduções, a Earte, que funciona até hoje. Tenho um diploma de literatura francesa de 1975, emitido pela Universidade de Nancy (França), em convênio com a Aliança Francesa. Com este diploma – aceito como equivalente a uma graduação em letras – fiz um mestrado na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1979, na área de Teoria da Significação. Em 1984 e 1985, fiz cursos de extensão universitária na Parsons School of Design de Nova York, dando seguimento assim à minha segunda área profissional, a da imagem. Antes, eu já havia feito o curso de três anos com especialização em gravura do Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro. O Instituto de Belas Artes é a escola que virou Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Em 2008, já morando em São Paulo, fiz o curso de um ano do Masp sobre história da arte. Fiz duas exposições individuais onde apresentei técnicas experimentais. A primeira, Pinturas cafajestes, na biblioteca da Cultura Inglesa do Rio de Janeiro em 1990, mostrou a tinta automotiva industrial como possibilidade técnica. A segunda, em 1998 na Vila Riso (RJ), trouxe a impressão em grandes dimensões sobreposta à mesma tinta industrial. Esta se chamou Imagens mentirosas e teve apresentação de Gerd Bornheim. Fiz uma terceira exposição, junto com Caró. Foi a Dimensões do tempo, em 1996, onde explorávamos as diferenças de visão e técnica entre mãe e filha na abordagem de um mesmo tema, o tempo. Esta exposição foi no Planetário da Gávea. Fui também, por quatro anos, capista exclusiva de uma revista cultural japonesa editada pela ed. Kodansha. Em 2003, entrei em uma escola de cinema, a Darcy Ribeiro (RJ) onde completei o curso de roteiro. Como exercício, roteirizei livros meus. Já havia sido co-roteirista há muito tempo, ajudando o Edu no Balada dos infiéis, de Geraldo Santos Pereira.  Meus primeiros livros foram dirigidos a crianças e jovens. Depois, parei de escrever livros, ficando só com jornalismo. Quando voltei aos livros, escrevia para adultos e não mais para crianças. Sete anos e um dia, meu primeiro romance, é de 1988 e fala sobre um grupo de amigos durante os sete anos da abertura política brasileira. Obras editadas pela Companhia das Letras: O assassinato de Bebê Martê  Às seis em ponto (1998) prêmio Cidade de Belo Horizonte de Melhor Romance, Coisas que os homens não entendem (2002), A um passo (2004), Deixei ele lá e vim (2006), Nada a dizer (2010), O que deu para fazer em matéria de história de amor (2012).

 

 

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