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ENTREVISTA SIMULTÂNEA

Emile Zola

Émile Édouard Charles Antoine Zola

Nasceu em 2 de abril de 1840, em Paris. Romancista e fundador do naturalismo. Órfão de pai aos 7 anos, caiu na pobreza e teve de interromper os estudos para trabalhar em editoras e jornais. Zola propunha um romance “naturalista”, ou seja, representar a realidade social com absoluta franqueza, inclusive os fenômenos patológicos e a vida sexual, assunto até então evitados pelos escritores. Um de seus primeiros livros, Thérèse Raquin (1867), já continha esses elementos. Anos depois concebeu a idéia de explicar o desastre da França pela história fisiopatológica de duas famílias, os Rougons e os Macquants, que representariam o país, num ciclo de 20 volumes. Um desses romances – A taberna (1877) – obteve grande sucesso. Em 1880, publicou uma coletânea de artigos fazendo a propaganda do Naturalismo: O romance experimental. Sua obra era sempre criticada pela crueza com que tratava os vícios humanos e as precárias condições de vida do cidadão francês. Tal característica é mais notável em Germinal (1885), sua obra-prima e o primeiro grande romance do proletariado universal. Em 1898, tomou para si a causa de Dreyfus, o oficial de exército judeu que foi injustamente acusado de passar segredos militares às nações inimigas da França. Num célebre artigo intitulado “J’accuse” (Eu acuso), Zola atacou o governo e as autoridade militares por terem mascarado a justiça, acusando-os de anti-semitismo. Por isso foi processado e passou a viver na Inglaterra. Um ano depois, beneficiado por uma anistia, retornou a Paris. Além do ciclo de 20 volumes, escreveu mais dois conjuntos de romances: Les trois villes (1894-1898) e Les quatre évangiles (1899-1902). Faleceu em 28 de setembro de 1902.

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