(José Maria) Ferreira de Castro

Nasceu em Portugal, em 24/05/1898. Jornalista e romancista, emigra, com a família, para Belém do Pará aos 13 anos. Trabalhou cerca de quaro anos em seringais, cuja experiência seria contada mais tarde no seu romance A selva (1930). Em Belém leva uma vida de sacrifício, mas consegue publicar seu primeiro romance Criminoso por ambição, cuja distribuição era feita por ele mesmo. A partir daí começa a colaborar em diversos jornais, e em 1917 funda, junto com seu conterrâneo João Pinto Monteiro, o semanário Portugal. Pouco depois retorna à Portugal e funda, junto Nuno Romário, outro jornal - O Luso - com a intenção de aproximar o Brasil de Portugal. Inicia uma carreira jornalística e editorial publicando livros, segundo Massaud Moisés,  de duvidosa valia. Não obstante a qualidade dos livros, torna-se conhecido pelos artigos publicados na imprensa, fazendo com que em 1927 seja eleito presidente do Sindicato dos Profissionais da Imprensa. Em 1928, funda e , dirige, junto com Campos Monteiro, a revista Civilização, e no mesmo ano publica o romance Emigrantes, marcando definitivamente sua carreira de escritor. O livro seguinte – A selva – obteve um grande sucesso em Portugal e no Brasil, pois trata dos problemas sociais vividos pelos povos da Amazônia com objetividade e extremo senso crítico. Após o falecimento de sua esposa, em 1930, interrompe as atividades de escritor e jornalista, retornando somente em 1933, com a publicação de Eternidade. Teve seus livros traduzidos para diversos idiomas e os mais importantes:  Emigrantes e A selva são considerados precursores do neo-realismo em Portugal. Outros livros: Terra fria (1934, Tempestade (1940), A lã e a neve (1947), A curva da estrada (1950), A missão (1954), O instinto supremo (1968). Faleceu 24/06/1974 na cidade do Porto.