Hector Eduardo Babenco
Nasceu em Mar del Plata, Argentina, em 07/02/1948 e naturalizou-se brasileiro em 1977. Antes de se tornar cineasta, trabalhou como extra em filmes dos diretores espanhóis Sergio Corbucci, Giorgio Ferroni e Mario Camus. Seu primeiro longa-metragem foi O rei da noite (1975), com Paulo José e Marília Pêra nos papéis principais. O segundo – Lúcio Flávio, o passageiro da agonia, (inspirado em fatos reais, conseguiu uma das melhores bilheterias do cinema brasileiro, 5,4 milhões). Em 1981, dirigiu Pixote, a leis do mais fraco, sobre as crianças abandonadas no Brasil. Foi um sucesso mundial e recebeu vários prêmio internacionais. No final da década de 1980, Pixote foi eleito pela revista American Film como um dos filmes mais marcantes da década. Em 1984 adaptou o romance de Manuel Puig - O beijo da mulher aranha - trabalhando com parceiros internacionais, um modelo seguido depois por diferentes produções brasileiras. O filme, interpretado por William Hurt e Raul Julia, teve quatro indicações ao Oscar e levou o de melhor ator. No Festival de Cannes, William Hurt recebeu mais uma vez o Prêmio de Interpretação Masculina. Seguindo esta linha de parcerias internacionais, dirigiu Ironweed (1987), baseado no romance de William Kennedy. Com Jack Nicholson e Meryl Streep, o filme foi indicado ao Oscar de Melhor ator e Melhor Atriz, respectivamente. Em 1990, fez outra adaptação (do romance de Peter Mathiessen) e dirigiu Brincando nos campos do Senhor, inteiramente filmado na Amazônia e interpretado por Tom Berenger, Daryl Hannah, Aldann Quinn e Kathy Bates. Dois anos após um transplante de medula óssea, para se curar de um câncer, dirige Coração iluminado, seu projeto mais pessoal, inspirado em suas lembranças de adolescência. Em 2003, elabora o roteiro, junto com Fernando Bonassi e Victor Navas, e dirige Carandiru, uma adaptação do livro homônimo de Drausio Varela. Seu último filme Meu amigo hindu (2016) tem fortes traços autobiográficos: conta a história de um cineasta em estado terminal numa luta contra o câncer. Como faleceu neste mesmo ano, (13/07/2016) pode se dizer que filmou sua propria morte.Todos os seus filmes tratam de questões sociais, tendo uma visão pessoal e subjetiva das pessoas marginalizadas como desabrigados, prostitutas, prisioneiros políticos, homossexuais, etc.
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