"Houve época em que eu sabia Henry Miller de cor, recitava passagens inteiras do Trópico de Câncer. Tive também o período Camus: li tudo dele, até os artigos que escreveu para os jornais argelinos. Com o Kerouac, sonhava que bebíamos juntos. O Quarteto de Alexandria, doLawrence Durrel, me enlouqueceu: me tranquei em casa e devorei num fim de semana. Sempre tive uma relação visceral com a literatura. Certa vez consegui uma carona com um caminhoneiro, de Bilbao a Paris, sob a condição de não falar nada durante o trajeto: passei a viagem inteira criando um monólogo entre Babenco e Louis
Pauweis, o autor de O Despertar dos Mágicos".
Fonte: Elle, maio de 1988.
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