Volta para a capa
ENTREVISTA SIMULTÂNEA

Isaac Singer

 

Isaac Bashevis Singer

Nasceu em 21/11/1904, na Polônia. Romancista laureado com o Prêmio Nobel de Literatura em 1978, é considerado o grande retratista da saga judaica. Filho e neto de rabinos, freqüentou o Seminário para Rabinos de Tachkemoni, mas não se sentiu vocacionado. Em 1923, foi trabalhar como revisor do jornal Literarische Bleter, de Varsóvia, levado pelo seu irmão Joshua, editor. Neste jornal publicou seu primeiro conto, o qual foi premiado.   Escreveu toda sua obra em ídiche. Mais tarde, o primeiro-ministro de Israel, Menachem Begin, perguntou-lhe por que não escrevia em hebraico. “Porque a língua ídiche é a minha pátria”, respondeu. Em 1935 muda-se para os EUA, devido ao anti-semitismo na Polônia que ameaça os judeus do país, e publica Satã em Gorai, sua primeira obra realmente importante. Em 1937 recebe o visto de residência americana e conhece Alma, sua futura esposa. Sua vida profissional começa a decolar com a ajuda do irmão Joshua, que já vivia nos EUA e trabalhava no jornal Yidish Forvertz. Nesta revista começou a publicar seus romances em folhetins semanais, dentre eles destaca-se Sombras sobre o Rio Hudson, (Companhia das Letras, 1999), publicado como livro 40 anos depois. Em 1950 A família Moskat é publicado simultaneamente em inglês, idiche e hebraico. Um livro repleto de insinuações autobiográficas e familiares, procurando imortalizar um mundo à beira da aniquilação. Em pouco tempo o livro torna-se um importante retrato do universo extinto pelo nazismo. Em 1952, Saul Bellow traduziu a história Gimpel, o tolo, que  foi publicada numa prestigiosa revista e obteve grande sucesso. A partir daí seus contos são publicados nas principais revistas do mundo. No início dos anos 1960, mais dois livros são traduzidos para o inglês: O mágico de Lubin e O escravo, e logo se tornam best sellers. Em 1964 é admitido no National Institute of Arts and Letters. Por esta época, algumas de suas obras são adaptadas para o cinema, da qual a mais famosa viria a ser o filme Inimigos, uma história de amor, dirigido por Paul Mazursky. Em 1968 assina contrato com revista New Yorker, que publica mais de 40 de seus contos, e no ano seguinte recebe o National Book Award pelo livro A day of pleasure. No início dos anos setenta, o autor passa a cultivar uma imagem nostálgica, repleta de calor humano e de sentimento tão cara a seu público. Em 1978 é consagrado com o Prêmio Nobel, conforme destacado pela Academia Sueca: “A comemoração do trabalho de uma alma nostálgica e humilde que representava fielmente o belo mas trágico mundo de uma sociedade profundamente moral e pia, cruelmente extinta pelo holocausto nazista”. Algumas de suas obras traduzidas no Brasil: Amor e exílio: memórias (L&PM, 2005), O penitente (L&PM, 1998), Satã em Gorai (Perspectiva, 1992), O escravo (Germinal, 2004), 47 contos de Isaac Bashevis Singer (Compahia das Letras, 2004), Um amigo de Kafka (L&PM, 2005), Sosha (Francis, 2005), O Golem (Perspectiva, 1992), Inimigos: uma história de amor (L&PM, 2003). Faleceu em 24/07/1991

Prossiga na entrevista:

Por que escreve?

Como escreve?

Onde escreve?

Política

Psicanálise
Jornalismo