José Sarney de Araújo Costa
Nasceu em 24/04/1930, em Pinheiro, MA. Advogado, jornalista, político, poeta e escritor, adotou legalmente este nome em 1965, o qual já utilizava para fins eleitorais desde 1958. Seu nome era José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, filho de Sarney de Araújo Costa. Cansado de ser chamado “Zé do Sarney”, adotou o nome. Já o pai recebeu esse nome por ter nascido na fazenda de um tal Sir Ney, de origem britânica, onde o avô de José Sarney trabalhava. Trabalhou como jornalista em diversos jornais de São Luís e colaborou noutros como o Diário de Pernambuco, Correio do Ceará e Jornal do Brasil. Lecionou em alguns estabelecimentos de ensino superior de seu Estado natal, pertence a diversas instituições culturais e proferiu conferências em várias universidades norte-americanas. Sua carreira política teve início em 1956 quando, na condição de suplente, exerceu o mandato de Deputado Federal, sendo reeleito para as legislaturas de 1958-62 e 1962-66. Em 1965 assumiu, por cinco anos, o cargo de Governador do Maranhão. Na sua campanha para governador, contou a ajuda de Glauber Rocha, que fez o filme Maranhão 66, um documentário mostrando a miséria nordestina e contando as proezas do candidato. Ao deixar o governo tornou-se Senador da República, nas legislaturas de 1970-1978 e 1979-1986. Em 15 de janeiro de 1985 foi eleito Vice-presidente da República na Chapa da Aliança Democrática. Assumiu o cargo de Presidente da República em exercício, de 15 de março a 21 de abril de 1985, no impedimento do titular, Tancredo Neves, gravemente doente, tornando-se Presidente da República, a partir de 21 de abril de 1985 a 15 de março de 1990. Depois de ter cumprido o seu mandato presidencial, José Sarney regressou às lides políticas elegendo-se Senador pelo Estado do Amapá. Mantendo sempre o interesse pela literatura conta, em sua bibliografia, com as seguintes obras: A canção inicial (1952), A pesca do curra" (1953), Norte das águas (1970), Marimbondos de fogo (1979) Partidos políticos (1979), 10 contos escolhidos (1985), Brejal dos Guajas e outras histórias (1985), O dono do mar (1996), que se constituiu em grande sucesso editorial, inclusive traduzido para o francês, Saraminda (2000), Saudades mortas (2002), Crônicas do Brasil contemporâneo (2004) e Tempo de pacotilha (2004). É membro da Academia Maranhense de Letras desde 1955 e da Academia Brasileira de Letras desde 1980. Sarney notabilizou-se pela sua hábil condução do processo de redemocratização do país. Em 1985 realizaram-se eleições diretas para prefeito das capitais e em 1986 ocorreram as eleições para a Assembléia Nacional Constituinte, a qual promulgou uma nova constituição em 5 de outubro de 1988. Foram legalizados todos os partidos políticos até então clandestinos e extinta a censura prévia. Como político, é conhecido por sempre estar ao lado daqueles que estão no poder: apoiou o presidente João Goulart antes do golpe militar, mas integrou-se imediatamente à Aliança Renovadora Nacional após o Golpe Militar de 1964. Quando a pressão do povo sobre o governo João Figueiredo já era insuportável, Sarney, juntamente com políticos do PDS como Antônio Carlos Magalhães e Marco Maciel, deixou o governo para fundar a Frente Liberal, que se tornaria o PFL, e foi candidato a vice-presidente na chapa de Tancredo Neves. Anos depois, após o impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, Sarney aliou-se ao novo presidente, Itamar Franco. Posteriormente, foi aliado do presidente Fernando Henrique Cardoso, e hoje é aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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