Nasceu em 04/01/1929, em Palmeiras dos ìndios, AL. Advogado, Jornalista, publicitário e escritor, filho de Graciliano Ramos. Com o pai preso em 1936, passou a conviver com ele apenas aos 15 anos de idade, já no Rio de Janeiro. Seu primeiro livro - Tempo de espera - saiu em 1954. Especializou-se em narrativas curtas, e neste sentido percebe-se uma certa influência do pai em seu estilo enxuto. Segundo o crítico Tristão de Athayde "O silêncio talvez seja o segredo do seu estilo. Tanto o silêncio das pessoas e das palavras, como o silêncio das situações. Não há uma nota dissonante. Nem uma frase enfática. Nem um diálogo estridente. Pode-se dizer que Ricardo Ramos se firma como a demonstração Literária Autentica de que a plenitude da palavra é o silêncio". Não obstante ter se destacado como publicitário e professor de comunicação, sua obra literária é extensa: contos, romances e novelas, e representa, com destaque, a prosa contemporânea da literatura brasileira. O autor ressaltava a importância de ser íntimo do personagem, de conhecer a sua verdade. Considerava que era apenas um intérprete da vida que vivia e do mundo que compreendia - inventava um pouco, mas com base na realidade. As referências pré-conscientes da conduta cotidiana constituem a fonte para elaboração dos seus textos literários. Algumas Obras: Tempo de espera (1954), Os caminhantes de Santa Luzia (1959), Memória de setembro, (1968), Os Desertos (1961), Memórias de Setembro (1968), Matar um homem (1970), Desculpe a nossa falha, Pelo amor de Adriana, O rapto de Sabino e a biografia do pai: Graciliano: retrato fragmentado. Faleceu em 20/03/1992.
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