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ENTREVISTA SIMULTÂNEA

Seamus Heaney

 

Nasceu em 13 de abril de 1939, na Irlanda do Norte. Poeta, tradutor e professor de poesia em Harvard (desde 1985) e Oxford (desde 1989), é proveniente do meio rural irlandês. Tal característica está marcada no título do primeiro poema, Cavar, de seu primeiro livro, Death of a Naturalist (1966). A situação política de seu país, a luta entre católicos e protestantes desperta no poeta uma reação que o faz olhar mais para o passado do que para o horror e a violência do presente. Seu envolvimento político é discreto e nunca se deixou absorver em questões meramente sociais, conforme seu credo poético: “A poesia é sua própria realidade; por mais que o poeta deva ceder às pressões da realidade social, moral, política e histórica, a fidelidade última e definitiva deve ser para as exigências e a promessa do fato artístico”. É por essa razão que em 1995, quando ganhou o Prêmio Nobel de Literatura, diz-se que a premiação foi dirigida à poesia, um gênero que alguns consideravam em desuso. Avesso a entrevistas e badalações literárias, o Nobel serviu para lhe dar tranqüilidade e continuar escrevendo. “Esqueça a ansiedade e apenas escreva”, afirmou na época. Algumas de suas obras: Door into the dark (1969); North (1975); Seeig things (1991); Poemas (2000); Luz elétrica (2003). No Brasil, teve publicado Poemas: 1966-1987, reunindo mais de 150 poemas extraídos de nove de seus livros, com excepcional tradução, introdução e notas de José Antonio Arantes. Em março de 2009 foi distinguido com o "David Cohen", um prêmio de consagração de carreira dotado de 58.000 dólares e atribuído de dois em dois anos pela homónima fundação britânica. "Há muitos autores que recusam o prêmio por toda uma carreira porque significa que estão acabados", disse o poeta ao receber o prêmio, que qualificou de "grande honra". Faleceu em agosto de 2013.

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