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Biografia
Tomás Gutiérrez Alea

Nasceu em 1928, em Cuba. O maior dos cineastas cubanos conseguiu realizar  plenamente seu objetivo: “procuro um cinema que estabeleça relação de prazer com o espectador e, se possível, o leve à reflexão crítica”. O clássico latino-americano Memórias do subdesenvolvimento (1968) agradou até mesmo Paulo Francis, o maior espinafrador de Cuba. Para atender os anseios da família formou-se advogado em 1951, mas logo vai para a Itália estudar direção no Centro Sperimentale di Cinematografia e junto com um grupo de latino-americanos funda a Associazone Latinoamericana e seu boletim Voici dell`América Latina. Conclui o curso com o filme Il sogno di Giovanni Bassain e retorna à Havana. Em 1955 realiza, junto com Julio Garcia Espinosa, o documentário El mégano, sobre a vida dos carvoeiros e considerado pelos críticos como um dos melhores da época e sequestrado pela polícia de Batista. Em 1959 organiza um grupo de cineastas para participar da “Dirección de Cultura del Ejército Rebelde e inicia a filmagem de Esta tierra nuestra, primeiro documentário após o triunfo da Revolução Cubana. Criou o ICAIC-Insituto Cubano del Arte e Indústria Cinematográficos e participou da criação da UNEAC-Unión de Escritores y Artistas de Cuba (UNEAC). O primeiro longa-metragem de ficção foi Histórias de la revolución (1960). Infelizmente seus filmes são conhecidos no Brasil somente em cine-clubes, não obstante serem premiados em todo o mundo. Um dos poucos que vimos foi A última ceia (1976), quando Leon Cakoff, driblando a censura e a burocracia brasileiras conseguiu apresentá-lo na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Foi classificado como o “melhor do ano”. Outro, no circuito comercial, foi Morango e chocolate (1993), premiado no Festival de Berlim e considerado o maior sucesso comercial da história do cinema cubano no mercado externo. Seu último filme, Guantanameira (1995), facilmente encontrado nas locadoras, obteve oito prêmios nos festivais de cinema do Brasil, Espanha, EUA, Chile, França, Colômbia e Cuba. Em 1984 sente necessidade de registrar suas idéias, posições políticas e estéticas no meio cinematográfico e escreve Dialética do espectador (Summus), uma coletânea de ensaios destinados a tornar o espectador mais apto a encarar criticamente os “textos” do cinema. Outros filmes: Las doce sillas (1962); Cumbite (1964); La muerte de un burocrata (1968); Un pelea cubana contra los demónios (1974); Los sobreviventes (1978); Hasta cierto punto (1983) e Cartas del parque (1988) entre outros. Faleceu em 16 de abril de 1966.     

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