Nasceu em 16 de março de 1920, em Santarchangelo di Romagna, Itália. Poeta, dramaturgo e roteirista. Integra o olimpo dos escritores de cinema italiano, tendo trabalhado com grandes cineastas, tais como Frederico Fellini, Michelangelo Antonioni, Andrei Tarkovski, Theo Angelopopulos, Vittorio De Sicca e Francesco Rossi. Na condição de poeta tem uma visão diferenciada do trabalho de roteirista. Na sua visão, a história tem de ser bela e passar o sentimento para o diretor do filme. O bom escritor de cinema não deve ter estilo próprio. Integra-se a um projeto Serve com sua escrita, à visão do diretor, que vai transformar em imagens as páginas mortas do roteiro. Nos anos 1950 deixa sua cidade para viver em Roma, onde se torna amigo de Antonioni, com quem passa a trabalhar como roteirista. Como poeta, escreveu em 1981
O mel, um livro escrito no dialeto romagnolo acompanhado de uma versão em italiano, que mereceu o seguinte comentário de Ítalo Calvino: “é um livro que se tornará mais belo cada ano que passar e daqui a cem anos muitos aprenderão romagnolo para ler no original a jornada dos dois velhos irmãos”. Escreveu também O livro das igrejas abandonadas, editado em Portugal (Assírio & Alvim, 1997). Como roteirista foi indicado para receber o Oscar três vezes com os filmes: Casanova ’70 (1965), dirigido por Mario Monicelli; Blowup (1966), dirigido por Antonioni; e Amarcord (1973), dirigido por Fellini. Ganhou 12 prêmios internacionais, incluindo o Festival de Cannes em 1994 com o filme Voyage to cythera. Fez o roteiro de mais de 60 filmes, dentre os quais destacam-se: Eros (2004); Crônica de uma morte anunciada (1987); Ginger e Fred (1986); Nostalgia (1983); Luck Luciano (1974); O caso Mattei (1972); Zabriskie point (1970); Matrimônio à italiana (1964). Tonino Guerra vive em na cidade de Pennabilli, onde a prefeitura lhe concedeu o título de cidadão honorário e mantém a Associazione Culturale Tonino Guerra e seu site oficial
www.toninoguerra.com