"Não tenho um “processo de criação”. Isso é coisa dos grandes e badalados autores. Sou um pobre cronista mineiro, um modesto escriba de Mariana, onde nasci há 65 anos. Sento-me e escrevo. Mas gosto de pesquisar, de ler a respeito de alguns temas que abordo. Sou também bastante memorialístico e confessional. Quanto mais velho fico, mais nostálgico me revelo nos meus textos. Sou “antigão”: uso chapéu na rua e bengala em casa, gosto de música barroca, de canto gregoriano (tenho uma alma beneditina), gosto do som de água e do silêncio".
Fonte: ANDRADE, Marcela Heitor. Jornalistas podem ser escritores: 21 entrevistas brasilienses. Monografia apresentada à Faculdade de Comunicação da UNb, como requisito para a graduação em Comunicação Social. Brasilia: UNb, 2008.