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Como escreve?
Paul Auster

"Eu sempre escrevo à mão. Principalmente com uma caneta-tinteiro, mas às vezes com um lápis especial para correções. Se eu pudesse escrever diretamente em uma máquina de escrever ou um computador, eu o faria. Mas teclados sempre me intimidou. Eu nunca fui capaz de pensar claramente com os meus dedos nessa posição. A caneta é um instrumento muito mais primitivo. Você sente que as palavras estão saindo do seu corpo e então você escava as palavras na página. Escrever sempre teve essa qualidade tátil para mim. É uma experiência física".

Fonte: Paris Review,nº 167, outono de 2003 - Michael Wood

 

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"Eu não sei de onde elas (as idéias) vêm, mas existe alguma imagem, alguma voz dentro de mim, e as coisas começam a se formar. Mas nunca pensei em escrever um livro sobre isso ou aquilo. Geralmente vem de dentro, não é nada que eu tenha visto. Os personagens principais, sem que eu mesmo saiba, estão vivendo dentro de mim e tentam me dizer alguma coisa. E devo dizer que tenho mais idéias para livros do que tempo para escrever. Isso é uma confissão muito estranha: acho trabalhar supercansativo, me consome muito, eu me sinto exausto no fim do dia. Quando saio daqui, em vez de pensar no livro em que estou trabalhando, penso no próximo. Então estou sempre escrevendo dois livros. É uma forma de aliviar a pressão".

Fonte: O Globo, 08/12/1991 - Heloisa Vilela

                                     

 

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