"Críticas negativas não fazem bem nenhum, especialmente com relação a livros sérios. Elas podem, realmente, afastar o público leitor. Mas o grande inimigo não é o crítico. São os milhares de romances medíocres engendrados para o grande público e que vendem tiragens extraordinárias. 20 a 30 desses romances provavelmente representam 95% dos livros vendidos nos EUA. Para atravessar essa barreira, um escritor sério realmente necessita de boas críticas. Mas não levo a crítica à sério, no sentido pessoal. Isto é, geralmente ela não afeta minha própria visão do livro. Mas há outras tensões envolvidas, até porque podem ter efeito sobre meu futuro econômico. E eu estou ficando velho o bastante para saber apreciar os prazeres da vida, pelo menos de vez em quando. Hurlot’s ghost teve críticas ruins em alguns lugares-chave. As revistas Time e Newsweek falaram mal. Mas cinco ou seis outras críticas em veículos importantes foram muito elogiosas. As negativas, porém, fizeram um bom estrago”.