"Meus maus motivos para produzir são tão importantes quanto os bons. Continuo escrevendo também para tentar descobrir até que idade posso manter-me criativo num nível aceitável. No caso do Evangelho segundo o Filho, o que ocorreu foi que, tendo lido o Novo Testamento há mais de quarenta anos, quando ainda estava na faculdade, sempre me incomodou o desconcertante desequilíbrio do livro do ponto de vista estético. Alguns trechos são tão extraordinários que só se podem comparar a Shakespeare. Outros têm um estilo pedestre, sem inspiração, escrito às pressas".
Fonte: Veja, 11/02/1998.
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