“Não acho que o jornalismo seja uma profissão fatal ou nociva aos escritores. Ele lhes possibilita um conhecimento invejável da natureza humana – principalmente da baixeza humana. E isto sem falar na lição de estilo, da técnica de comunicação jornalística, que reclama exatidão, precisão e clareza, repelindo os excessos e ambigüidades e prestigiando a economia e eficácia dos meios verbais. Creio mesmo que, ao lado da medicina e da prostituição, o jornalismo é a carreira que melhor familiariza a criatura humana com as misérias da sua condição, que é a do ‘bicho vil e tão pequeno’, verberado por Camões”
Fonte: IVO, Lêdo. Confissões de um poeta. São Paulo: DIFEL; Brasília: INL, 1979
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