"O jazz e o bop, no sentido, digamos, de um músico tomando fôlego, soprando uma frase em seu saxofone tenor, até ficar sem ar, e quando isso acontece, sua frase, seu recado, já foi dado... é assim que eu separo minhas frases, como se fossem pausas mentais para respirar... Eu formulei a teoria da respiração como medida, em prosa e verso, e não importa o que Olson, o que Charles Olson diga. Eu formulei esta teoria em 1953,a pedido de Borroughs e Ginsberg. E também em o vigor, a liberdade e o humor do jazz, em vez de todas aquelas análises maçantes e coisas do tipo "James entrou no quarto e acendeu um cigarro. Ele pensou que Jane poderia ter pensado que seu gesto era um pouco vago...". Você conhece o gênero.
Fonte: Os escritores 2: as históricas entrevistas da Paris Review. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
|