“Meus textos são sempre concebidos a partir de um ponto de vista literário. Não pode haver ataque mais direto e mais contundente à ditadura de Fidel do que os que faço em Mea Cuba, mas sempre em termos literários. A literatura não deve ser política nem panfletária. O maior inimigo da literatura é a política… A política causou grandes danos a escritores. Julio Cortázar começou a decair quando se envolveu com a política cubana e nicaraguense. Seus textos políticos como O livro de Manuel, são muito inferiores. A política tem muitos atrativos. Ela não deixa espaço para outra atividade. E a literatura é exigente”.
Fonte: O Globo, 23/03/1996 ( Geneton Moraes Neto) |