"Literatura e política deveriam ser proibidas quando juntas. Deixemos para o jornalismo este trabalho e para a literatura assuntos mais importantes e fundamentais. Vejo sempre alguns dos valores literários sendo levados para livros de política e essa prática me preocupa. Os escritores e editores perceberam há tempos que este assunto atrai atenção e promove os autores, dá credibilidade. A literatura política se ocupa de humanizar pessoas que não são humanizáveis, de engrandecer biografias que nunca foram grandes, de revelar fatos que podem ser maquiados a seus critérios. Não é bom. A literatura é arte, a política necessidade, e é melhor ficarem separadas".

Fonte: Depoimento obtido em 29 de março de 2007.