"Um escritor é sempre escritor, não vira presidente. Isso é uma vergonha. Ele (Vaclav Havel) deve estar satisfeito por ter se libertado da tarefa literária, que é muito mais difícil do que ser presidente. E o que ele escreveu não tinha muito valor. Admiro sua bravura, mas ele me enerva. Não gosto de ouvir falar de escritores que entram na política e aí passam a ter saudade de escrever. Ou a gente faz uma coisa ou não fala sobre ela... Eu nunca fui político na minha vida; apenas por momentos, quando havia um motivo. Talvez de cinco em cinco anos tenha um motivo para dizer ou escrever alguma coisa sobre a situação política".
Fonte: O Globo, 01/12/1991 - Graça Magalhães-Reuther
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