"Durante muito tempo eu pensei que a literatura, o ato de escrever, era a discussão com a morte, com a vida, com o amor. Hoje eu penso que a única razão por que se escreve não é nenhuma destas, mas apenas uma: a necessidade de a gente se identificar com o país em que se está ou com a comunidade a que se pertence ou na qual se vive (e isso pode ser feito através do amor, da morte, de mil coisas). E identificar-se também com a língua, porque cada vez que se escreve há uma preocupação fundamental, que já não se sabe se é de exprimir-se bem ou mal, é fundamentalmente de destruir para criar. Eu penso que tem que haver destruição para se criar. Portanto, cada vez que se escreve há uma identificação com a língua que se tem na cabeça, na máquina de escrever".

Fonte: Leia. São Paulo, janeiro de 1988.

"Eu escrevo para criar uma nova sintaxe. Não é o jargão que me  interessa a sintaxe".

Fonte: O Estado de São Paulo, 06/10/1996 - José Castello