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Por que escreve?
Millôr Fernandes

“Escrevo porque escrevo, se me pagassem eu só falava. Pergunta feita a todos os escritores, desde o princípio dos tempos, antes mesmo da invenção da escrita: Por que você escreve? E eu respondo. Imitando o dito popular dipsomaníaco: Bebo porque é líquido, se fosse sólido eu comia” atribuído a todo mundo porque não é de ninguém (provavelmente foi dito pelo primeiro bêbado), eu esclareço: “Escrevo porque escrevo, se me pagassem eu só falava”. Nunca procurei, pleiteei, um emprego na vida. Quando vi me pagavam pelo que eu batia à maquina (é, já havia a máquina datilográfica, sucessora gloriosa da caneta-tinteiro, substituta da caneta, do tinteiro e do mata-borrão!!! Por pouco não peguei a pena de ganso) e muito até. Dava pra pagar a pensão, pelos versinhos gloriosos das "Garotas do Alceu", quem quiser saber o que é, ou era, isso, que pesquise. Ia escrevendo, e o que saia, vendia. Ás vezes já maluco, psicodélico, contestatório, surrealista. Tudo, naturalmente, sem saber.”

Fonte: http://versoeprosa.wordpress.com/2008/05/12/por-que-escrevo/

"Não sou escritor, nem nunca tive vocação para escrever. Sou jornalista, sempre escrevi por necessidade minha vida inteira".

Fonte: Istoé. São Paulo, 28/09/1994

"Ser escritor é um negócio de prestígio, entende? Já eu trabalho para viver."

Fonte: Psicologia e Comportamento. S. Paulo, abr. 1984

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