“Ultimamente a dificuldade de escrever ficou tão grande que o jeito foi pegar meu psicanalista, com quem já me tratava há oito anos e tinha uma relação de amizade, e pedir para ele escrever os enredos aparentemente desconexos que eu contava nas seções. Isso virou uma prática e toda segunda à noite a gente passou a se encontrar. Ele escrevia o que eu dizia, eu relia, sugeria algumas coisas e assim foi. Dessa forma escrevemos em conjunto O autor mente muito. Depois disso, tive alta.”
Fonte: CHIODETTO, Eder. O lugar do escritor. São Paulo: Cosac & Naify, 2002 |