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Psicanálise
Lya Luft

"Se você dá uma olhada em cima da minha literatura, eu acho que ela nasce do conflito, ela não nasce da alegria. Tirando fora As bruxas, que são dois livros infantis, que são pequenas fábulas sobre família. Porque como a família é o nascedouro dos nossos medos, ela também pode ser o chão em cima do qual a gente caminha, mais ou menos seguro, pelo resto da vida. Então, As bruxas é o lado gaiato, é o meu lado cotidiano, onde falo coisas... Por exemplo, a mais velha das minhas três netas me perguntou: “porque eu não tenho vovô?”. Realmente, seus dois avôs tinham morrido bem antes dela nascer. E eu comecei a explicar: assim, como na natureza, as plantas vão e vem. E eu pensei – “olha, dá mais uma historinha”. Daí saiu o segundo livro das bruxas. De maneira que eu não tenho projeto literário, honestamente, mas eu acho que sim, a minha literatura nasce mais do conflito, da sombra, do medo, da angústia do que das coisas boas".

Fonte: Programa Roda Viva, da TV Cultura, 05/05/2008

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