Nasceu na Cidade de São Paulo, SP, em 1931. Poeta, tradutor, ensaísta, crítico de literatura e música e um dos fundadores - junto com seu irmão Haroldo de Campos e Décio Pignatari - do movimento concretista na poesia brasileira. Seu primeiro livro de poemas saiu em 1951: O rei menos o reino. No ano seguinte o trio lança a revista “Noigrandes” e já no segundo nº (1955) lança a série Poetamentos, considerados os primeiros exemplos consistentes de poesia concreta no Brasil. O verso e a sintaxe convencional eram abandonados e as palavras rearranjadas em estruturas gráfico-espaciais, algumas vezes impressas em até seis cores diferentes, sob inspiração da Klangbarbenmelodie (melodia de timbres) de Webern. Em 1956 participou da organização da Primeira Exposição Nacional de Arte Concreta (Artes Plásticas e Poesia), no Museu de Arte Moderna de São Paulo. A partir daí participou de diversas amostras e antologias nacionais e internacionais. A maioria dos seus poemas acha-se reunida em Viva vaia (1979); Despoesia (1994) e Não (com um CD de seus Clip-Poemas) (2003). Outras obras importantes são Poemóbiles (1974) e Caixa preta (1975). Como tradutor de poesia, Augusto especializouse em recriar a obra de autores de vanguarda como Pound (Mauberley, The Cantos), Joyce (Finnegans Wake), Gertrude Stein e Cummings, ou os russos Maiakóvski e Khliébnikov. Como ensaísta é co-autor de Teoria da poesia concreta (1965) e autor de Poesia antipoesia antropofagia (1978); O anticrítico (1986); Linguaviagem (1987) e À margem da margem (1989). A partir de 1980, intensificou os experimentos com as novas mídias, apresentando seus poemas em luminosos, videotextos, neon, hologramas e laser, animações computadorizadas e eventos multimídia com a colaboração de seu filho Cid Campos. Em 2006, teve sua obra esmiuçada no livro Do céu do futuro: cinco ensaios sobre Augusto de Campos (Unimarco, 2006), coordenada por Eduardo Sterzi. Sua produção poética mais recente foi lançada nos livros: Profilogramas (2011) e Outro (2015)
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