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ENTREVISTA SIMULTÂNEA

Blaise Cendrars

Frédéric Louis Sauser

Nasceu em 10 de setembro de 1887, na Suíça. Poeta, romancista e ensaísta, passou a infância viajando pelo mundo com o pai em aventuras empresariais, nenhuma delas bem-sucedida. Aos 15 anos saiu de casa para trabalhar com um comerciante de jóias e voltou a viajar, agora pelo mundo oriental: Rússia, Pérsia (Irã) e China. Mais tarde essa viagem foi descrita no longo poema Transsiberien (1913). Em 1910, época em que viveu em Paris, foi influenciado profundamente por Apollinaire, líder da vanguarda artística e literária. Pouco depois passou viver nos Estados Unidos e lá publicou seu primeiro poema longo, Les pâques à New York (1912). Gostava muito do Brasil e aqui esteve por diversas vezes, tornando-se uma espécie de divulgador de nossa cultura na França e amigo dos expoentes do Movimento Modernista de 1922. Tais viagens renderam o livro Blaise Cendrars no Brasil e os modernistas, publicado por Aracy A. Amaral em 1970, com reedição ampliada em 1997. Como romancista escreveu Moravagine (1926) e Les confessions de Dan Yack (1929), diversas biografias romanceadas, como L'or (1924), baseada na vida do pioneiro norte-americano John August Sutter, e Rhum (1930), que trata da vida de Jean Galmont e uma divertida crônica sobre a indústria cinematográfica, onde demonstra seu encanto pelo cinema: Hollywwod (1936), traduzida pela José Olympio em 2009. No início da II Guerra Mundial, atuou como correspondente de guerra ligado ao exército inglês, mas se retirou para Aix-en-Provence em 1940, quando a França foi ocupada. Ficou um tempo sem escrever para voltar mais tarde a publicar suas memórias e reflexões: L'Homme foudroyé (1945), La Main coupée (1946), Bourlinger (1948), Le rotissement du ciel (1949) e Trop, c'est Trop (1957), seu último e mais importante trabalho. Em seguida vieram a invalidez, causada por uma doença, e o falecimento em Paris, em 21 de janeiro de 1961.

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