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ENTREVISTA SIMULTÂNEA

Décio Pignatari

 

Nasceu em 20/08/1927, em Jundiaí, SP. Advogado, publicitário, professor, tradutor, ensaísta e, principalmente poeta. Seus primeros poemas - Noviciado e unha e carne - trabalhos - foram publicados na Revista Brasileira de Poesia, em 1949. Mas já nos anos 1950, realizava experiências com a linguagem poética, incorporando recursos visuais e a fragmentação das palavras. Tais aventuras verbais culminaram no Concretismo, movimento estético literário, que fundou junto com os irmãos Augusto e Haroldo de Campos, com quem editou as revistas "Noigandres" e "Invenção". Entre 1956 e 1957 participou do lançamento oficial da Poesia Concreta na 1º Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAN/SP e no saguão do MEC/RJ, e em 1958 lançou, junto com os irmãos Campos, o Plano-piloto para Poesia Concreta no nº 4 da revista Nogrande. Para consolidar o movimento, viria mais tarde a Teoria da poesia concreta (1965). Como teórico da comunicação, traduziu obras de Marshall McLuhan e publicou o ensaio Informação, Linguagem e Comunicação (1968). Sua obra poética inclui os livros Carossel (1950); Exercício findo (1958); Poesia pois é Poesia, 1950-1975). Poesia pois é poesia (1977); Poetc, 1976-1986 (1986). Foi um dos criadores da editora e da revista Invenção, lançada em 1962 como veículo da Poesia Concreta. Em 1964 lançou o Manifesto do Poema-Código ou Semiótico, com Luiz Angelo Pinto. Foi membro-fundador da Associação Internacional de Semiótica, em Paris (França), em 1969. Nas décadas de 1980 e 1990 colaborou em vários periódicos, entre os quais a Folha de S. Paulo, e foi professor de Semiótica e Comunicação da FAU/USP. Como tradutor, publicou Dante Alighieri, Goethe e Shakespeare, entre outros, reunidas em Retrato do Amor quando Jovem (1990) e 231 poemas. Publicou também o volume de contos O Rosto da Memória (1988) e o romance Panteros (1992), além de uma obra para o teatro, Céu de Lona. Seu último lançamento foi Bili com limão verde na mão (2009). No final da década de 1990 cansou da agitação de São Paulo e mudou-se para Curitiba em busca de uma vida mais harmoniosa com a poesia. Faleceu em 02/12/2012.

Prossiga na entrevista:

Por que escreve?

Como escreve?

Onde escreve?

O que é inspiração?
Cinema
Crítica literária