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ENTREVISTA SIMULTÂNEA

Gore Vidal

Eugene Luther Gore Vidal

Nasceu em 3 de outubro de 1925 em Nova York numa daquelas famílias de onde surgem presidentes. Seu avô materno, Thomas Gore, foi senador; seu pai, Eugene Luther Vidal, foi uma espécie de ministro da Aviação de Franklin Roosevelt; seu primo, Al Gore, foi senador e vice-presidente, e ele mesmo já foi candidato a deputado por Nova York nos anos de 1960 e senador pela Califórnia em 1982. Tais derrotas vieram favorecer a literatura norte-americana. Até agora já escreveu uns 30 romances, uma coletânea de contos, seis peças de teatro, diversos ensaios e 24 roteiros de filmes e séries para cinema e TV. O primeiro romance, Williawaw (1946), e o segundo In a yellow wood (1947) anunciaram o surgimento de um grande escritor. O terceiro, The city and the pillar (1948), não foi bem recebido, talvez devido ao tratamento dado à homossexualidade, algo muito ousado na época. Os romances seguintes continuaram não sendo bem recebidos, o que fez o autor se voltar para o teatro, roteiro de filmes e TV: Visit to a sall planet (1955), Ben Hur (1959), The best man (1960). Após 10 anos sem publicar romance, lançou Juliano em 1964 e estabeleceu uma carreira de sucessos: Washington D.C. (1967), Myra Breckinridge (1968), Two sisters (1970), 1876 (1976), Kalki (1978), Creation (1981), Império(1987)  e A era dourada (2001). Crítico feroz do establishment e opositor vigoroso da “guerra contra o terror”, escreveu em 2002 Perpetual war for perpetual peace, uma crítica à prepotência do governo estadunidense. Em visita ao Brasil (1987) foi ciceroneado por Diogo Mainardi, deu algumas entrevistas e expôs seu ponto de vista sobre seu país: “Nós somos uma nação muito sectária, bêbada de religião, totalmente reacionária, que odeia quaisquer novas formas de ver as coisas”. Ao longo desses anos mostrou-se um apurado observador político, social e literário. Faleceu em 01/08/2012.

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