“Gostaria de entender que processo é esse, que permite – ou às vezes não permite – que eu escreva. É uma parte incontrolável, ou deveria dizer descontrolada, de mim que se manifesta quando e onde bem entende. Quartos de hotel, aeroportos, delegacias, ônibus, aviões, já me aconteceu nos mais inusitados lugares. Em uma calçada de Copacabana, em frente a um hotel, enquanto esperava um candidato à presidência decidir se descia ou não para falar conosco, repórteres, talvez tenha sido o mais esquisito de todos. O texto, ou a revelação sobre um personagem, vem. Se dou sorte de ter um papel e caneta por perto, ou se estou diante de um computador, digito, manuscrevo, registro. Caso contrário, sou obrigado a aguardar por uma nova ‘visita’. E, sobre o candidato: ele não desceu para falar com a imprensa. Nem ganhou a eleição.”
Fonte: http://michellaub.wordpress.com (23/10/2012)
|