“Acho tremendamente perigoso dar conselhos gerais. Creio que o melhor que se pode fazer por um jovem poeta é criticar em detalhe um determinado poema seu. Discutir com ele, se necessário; dar-lhe uma opinião, e, se houver alguma generalização a fazer, que ele mesmo a faça. Descobri que as diferentes pessoas têm maneiras diferentes de trabalhar e que as coisas lhe vêm de forma diferentes. Ao se fazer uma afirmação, nunca se tem certeza se é válida para todos os poetas em geral ou se se trata de algo que só se aplica a si mesmo. Não creio que haja nada pior do que tentar formar as pessoas à sua própria imagem e semelhança”.
Fonte: Os escritores: as históricas entrevistas da Paris Review. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
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