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Relações Literárias
T.S. ELIOT

por Ezra Pound

"Ah, Eliot e eu começamos a divergir desde o começo. O divertido de uma amizade intelectual é que você diverge em uma coisa ou outra e concorda em alguns pontos. Eliot, tendo tido durante toda a sua vida a paciência cristã da tolerância e levando a vida a trabalhar demais, deve ter me achado exasperante. Começamos a discordar de uma porção de coisas desde o momento em que nos conhecemos. Também estávamos de acordo sobre umas poucas, e suponho que ambos devessemos estar certos em uma coisa ou outra".

Fonte: O Escritores: as históricas entrevistas da Paris Review. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.

por João Cabral de Melo Neto

"Rilke e Eliot. Tenho verdadeira avesão por ambos".

Fonte: Manchete,27/06/1953 - Vinícius de Moraes

por João Gilberto Noll

"T.S. Elliot é, para mim, outra leitura capital e pelas mesmas razões que aprecio ler Drummond. Elliot é um escritor para quem as paisagens estão muito presentes e eu sempre gostei mais de geografia do que de história”.

Fonte: O Estado de São Paulo, 04/01/1997 – José Castello

por Jorge Luis Borges

"A princípio achei que ele fosse melhor crítico do que poeta; agora acho que às vezes ele é um excelente poeta, mas como crítico descubro que está sempre apto demais a fazer tênues distinções. Se você toma um grande crítico, digamos, Emerson ou Coleridge, sente que ele leu um escritor, e que sua crítica vem de sua experiência com ele, ao passo que, no caso de Eliot, você sempre pensa - pelo menos eu sempre sinto - que ele está concordando com algum professor ou levemente discordando de outro. Consequentemente, ele não é criativo. É um homem inteligente, que está fazendo tênues distinções, e suponho que esteja certo; mas ao mesmo tempo, depois de ler, para usar um exemplo de prateleira, Coleridge a respeito de Shakespeare, especialmente a respeito da personagem de Hamlet, um novo Hamlet foi criado para você, ou depois de ler Emerson a respeito de Montaigne, ou quem quer que seja. em Eliot não existem tais atos de criação. Você sente que ele leu muitos livros sobre o assunto - ele está concordando ou discordando - às vezes fazendo observações ligeiramente mesquinhas, não?... Eu colocaria Yeats bem acima dele. De fato, se você não se importa que eu diga, penso que Frost é melhor poeta que Eliot. Quero dizer, melhor poeta. Mas eu acho que Eliot era um homem bem mais inteligente; no entanto, a inteligência tem poucoi a ver com a poesia. A poesia brota de algo meis profundo; está além da inteligência. Pode até mesmonão estar ligada à sabedoria. É algo próprio; tem umanatureza própria. Indefinível".

Fonte: O Escritores: as históricas entrevistas da Paris Review. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.

por W.H. Auden

"Na verdade, Eliot pode ter muito pouca influência estilística direta sobre outros poetas. O que quero dizer é que muito raramente alguém pode se deparar com um poema e falar: 'Ah, ele andou lendo Eliot'. Isso é possível com Yeats ou Rilke, mas não com Eliot. Ele é um poeta muito idiossincrásico e inimitável. Seria muito mais fácil utilizar meu trabalho como modelo estilístico. E não digo isso sobre Eliot com qualquer sentido pejorativo, absolutamente. Acontece o mesmo com Gerard Manley Hopkins - ambos são extremamente idiossincrásicos e não podem ser prontamente adaptados à sensibilidade de outras pessoas. Caso contrário, tem-se apenas uma versão aguada de Hopkins".

Fonte: O Escritores 2: as históricas entrevistas da Paris Review. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

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