(...) não escreve apenas com a sua própria geração nos ossos, mas com um sentimento de que a totalidade da literatura de seu próprio país tem uma existência simultânea e compõe uma ordem simultânea. Essa percepção histórica, que é uma percepção do atemporal assim como do temporal, e da conjunção do atemporal e do temporal, é o que torna tradicional um escritor. E é ao mesmo tempo o que torna um escritor mais agudamente consciente do seu lugar no tempo, da sua própria contemporaneidade".
Fonte: NASCIMENTO, Evando; OLIVEIRA, Maria Clara Castelões (orgs). Literatura e filosofia: diálogos. Juiz de Fora: UFJF, São Paulo: IMESP, 2004.
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