"Acho que o escritor não deve ter nenhum compromisso com as mudanças sociais – isso é papel do político ou do sociólogo. O escritor faz pura literatura, solitariamente. Volto a citar Picasso, um amigo que me influenciou muito: ele dizia que não se pode fazer nada sem uma grande solidão. Eu creio, sim, que a humanidade vai mal e que é preciso arrumá-la, mas isso é função dos políticos. O problema é que no mundo de hoje não há políticos. Os que existem me parecem pessoas de terceira categoria. Não resolvem nenhum dos problemas pendentes; continuam as guerras, FOME, corrupção. Para que servem os políticos, então?".

Fonte: O Globo, 10/01/1993 - Sandra Cohen

“Não acredito que os escritores ou os intelectuais tenham alguma influência na marcha dos povos. Nunca. Seria desejável, mas não passa de um bom desejo. Esse é um pecado de soberba dos jovens escritores, principalmente dos poetas. Além das elocubrações, entendamos, eles precisam buscar outra compensação. Pensar que se pode influenciar o rumo da sociedade com uma pluma consiste num grande engano”.