“Eu diria que para mim, escrever é uma necessidade. Se quero estabelecer um contato comigo mesmo ou com meus semelhantes, a palavra é forçosamente a minha intérprete. Na história da humanidade, o instante em que o primeiro homem emitiu a palavra articulada é bem mais importante que a descoberta da América, a chegada à Lua, a teoria dos quanta ou a do átomo. Para que seria a literatura? Não certamente para refazer o mundo. Não é esse o papel dos escritores. Não se deve esquecer que a literatura é umas das belas artes. É preciso dizer as coisas com arte, nada mais. Para um povo, a literatura é tudo: assegura-lhe sua perenidade de uma forma melhor que a arquitetura. As palavras são mais duradouras que a pedra”.

Fonte: Correio da UNESCO, julho de 1990.

“Para mim, escrever sempre é muito difícil. Escrevo com muita dificuldade e muito esforço. O que acontece é que sou muito esforçado e trabalhador”.

Fonte: O Globo, 24/4/96.