“Sempre me senti atraído pela posição de franco-atirador. (...) Uma das minhas maiores fraquezas como romancista tem sido a de evitar encontros muitos íntimos com o Mal. Isto é, minha relutância em me lançar em escafandrismos psicológicos mergulhando nas profundezas mais sombrias da alma humana. (...) Dentro de mim vivem dois sujeitos em luta quase constante: um poeta meio encabulado que nuca escreveu versos e um satirista malicioso que se diverte e encanta com o grotesco da comédia humana”.
Fonte: Singular & Plural (SP), n.3, fevereiro de 1979 (Depoimento de 1966)
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