Graciliano Ramos de Oliveira
Nasceu em 21 de outubro de 1892, em Quebrangulo, Alagoas, e no ano seguinte partiu para Buique, Pernambuco, onde passou a infância. É considerado um dos escritores mais concisos e mais notáveis da literatura brasileira. Teve atuação política destacada, primeiro como prefeito de Palmeira dos Índios de 1928 a 1930, quando fez de simples relatórios peças literárias e revolucionou o sistema de ensino público da cidade. Sua participação política foi contínua e, por causa dela, foi i preso em 1936, acusado de pertencer ao Partido Comunista. Na verdade, sua entrada no Partidão se deu em 1945. A prisão de quase um ano rendeu-lhe o romance Memórias do cárcere, iniciado em 1946 e publicado em 1953. Seu primeiro livro, Caetés, saiu em 1933 e não precisou procurar editora. O estilo de seus ofícios chamou a atenção de um editor carioca, que o convidou a publicar a obra. A partir daí vieram São Bernardo (1934), escrito boa parte na sacristia da Matriz de Palmeira do Índios; Angústia (1936), considerado o romance tecnicamente mais complexo, e Vidas secas (1938), que se tornaria sua obra-prima e a melhor expressão de seu estilo, com ênfase regionalista. Até hoje não foi suficientemente estudada a importância do “velho Graça” na literatura brasileira. Antonio Candido preenche um pouco essa lacuna ao publicar Ficção e confissão: ensaios sobre Graciliano Ramos, em 1992, pela Editora 34. Graciliano Ramos faleceu no Rio de Janeiro, em 30 de março de 1953.
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