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Academia - Autores
Graciliano Ramos

Autoria                      -               Orientação        -     Grau  -  Local - Data

ALMEIDA, Denise de                Sergio M. Gesteira           Ms.      UFRJ   2002

Título: A construção da narrativa em São Bernardo e Angústia, de Graciliano Ramos: Alguns aspectos da memória e do tempo.  

Sinopse: Análise e reflexão da construção da narrativa em Graciliano Ramos; o emprego do monólogo interior na construção dos relatos; relação entre memória e escrita; o fazer literário; a linguagem dos personagens; tempo cronológico versus tempo psicológico.

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Autoria                      -           Orientação        -          Grau - Local – Data

ARTEAGA, Cristiane G.         Gilda Neves S. Bittencourt   Ms.   UFRGS   2005

Título: A alma russa de um nordestino: Graciliano Ramos leitor de Dostoievski

Sinopse: A aproximação entre Graciliano Ramos e Dostoiévski se dá quase instantaneamente para quem os lê. No caso de Angústia e Crime e castigo, a semelhança se acentua. Por isso, ao longo desta dissertação, apoiados pelo conceito de influência, traçamos um caminho de leitura em que os pontos de contato entre esses dois escritores pudessem ser percebidos sem, no entanto, privilegiar um ou outro. Para tal, recorremos à História, que demonstrou semelhanças no contexto social na época da publicação das obras escolhidas para análise, e à Psicologia, que, através do conceito de angústia, possibilitou a análise dos protagonistas de Angústia e Crime e Castigo. Nesse trajeto, abordamos também, embora de forma resumida, questões como a tradução, a narrativa autobiográfica e a intertextualidade. Todos esses caminhos, no entanto, convergiram para um único ponto: o ser humano. É, essencialmente, o ser humano que une esses dois escritores. Esse fato, bastante óbvio pelo perfil dos escritores em questão, propicia uma análise da sociedade moderna, apesar da distância temporal, pois a questão humana não se alterou. O Homem continua ¿angustiado¿ em sua condição social, especialmente se tem consciência de sua nulidade enquanto indivíduo. Sua liberdade é cerceada por mecanismos sociais que independem de sua vontade. Seu ¿eu¿ desaparece em meio a uma multidão de objetos de consumo (des)necessários, que o tornam um eu-social. Sem esses objetos, sendo o dinheiro o mais almejado, somos desprovidos de valor, somos ¿nada¿. Sendo o Homem a matéria-prima de Dostoiévski e de Graciliano Ramos, é natural que se encontrem pontos de contato entre eles. Do mesmo modo, é igualmente natural que os dois sejam considerados universais e atuais.
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Autoria                   -                  Orientação       -       Grau  - Local - Data

RIBEIRO, Gustavo Silveira        Maria C. B. Boechat         Ms.    UFMG  2008

Título: Abertura entre as nuvens: uma reinterpretação de “Infância”, de Graciliano Ramos

Sinopse:

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Autoria               -                  Orientação        -         Grau -  Local  - Data

MEDEIROS, Ana Vera        Anamaria Filizola                      Dr.    UFPR   2009

Título: Camilo e Graciliano nos cárceres da memória

Título:

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Autoria         -                  Orientação        -         Grau -  Local  - Data RIBEIRO NETO, João    Vera Maria Chalmers               Dr.    UNICAMP  2007

Título: A construção da identidade narrativa nas Memorias do Carcere de Graciliano Ramos

Sinopse: Este trabalho faz uma investigação da construção da identidade narrativa, como formulada por Paul Ricoeur (1988), nas Memórias do Cárcere de Graciliano Ramos. Reflete sobre as condições históricas dos fatos narrados, especialmente sobre as condições de seu encarceramento na constituição da sua identidade. Analisa as características do texto de memórias e da sua relação com a autobiografia, a confissão e a ficção. Verifica a relação entre a obra de ficção de Graciliano e a obra memorialística pela forte presença daquela no texto desta, e analisa o processo de criação da identidade na elaboração do texto das memórias. Palavras-chave: memórias, identidade narrativa, estado de exceção, ipseidade, cárcere

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Autoria         -             Orientação           -         Grau  -  Local - Data SILVA. Marcia Cabral        Marisa P. Lajolo                 Dr.    UNICAMP   2004

Título: Infancia, de Graciliano Ramos

Sinópse:

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Autoria         -                 Orientação        -       Grau  -  Local - Data FERREIRA, Carolina D.D.   Maria E. Boaventura          Ms.     UNICAMP  2005

Título: O lugar da ficção em Angustia, de Graciliano Ramos

Sinopse: A presente pesquisa tem como finalidade estudar o papel desempenhado pela experiência ficcional no relato do narrador-protagonista de Angústia, de Graciliano Ramos. O intuito era mapear, nesse romance pouco estudado, possíveis motivos que levaram Luís da Silva a escrever seu relato, apesar de sua manifesta desconfiança diante da escrita. A partir da análise da modalidade narrativa, da relação entre o narrador e a matéria narrada e do tratamento dado ao tempo no romance, constatou-se que há uma indistinção no discurso do protagonista entre os elementos apresentados como reais e seus devaneios. A proximidade entre presente e passado, realidade e sonho, memória e imaginação, que perpassa a narrativa, faz com que a ficção ganhe, na vida de Luís da Silva, um lugar de destaque, uma vez que ela é capaz de recriar e até substituir sua experiência.

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local   - Data

SILVA, Salvelina da       Wladimir A. da C. Garcia          Ms.       UFSC    2003

Título: Os modos do Ser em Sartre, Camus e Graciliano Ramos e a alteridade radical"

Sinopse: Esta dissertação é dividida em seis capítulos e pretende analisar conceitos como outro, angústia, náusea, exílio e solidão com base nas obras A peste, de Albert Camus, A Náusia, de Jean-Paul Sartre e Angústia de Graciliano Ramos. Aponta, também para um direcionamento que radicaliza o pensamento até então desenvolvido, balizado pela filosofia de Emmanuel Lévinas. a coclusão se apresenta menos como mero desfecho, mas como um redimensionamento ou um redimensionamento dos conceitos focalizados

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

BICALHO, Ana Maria      Gustavo Ribeiro da Gama     Ms.        UFBA     2007

Título: Graciliano Ramos, Valerie Rumjanek e o processo de (re)criação em "A peste" de Albert Camus.

Sinopse: Este trabalho se insere nos Estudos de Tradução e propõe-se a investigar o processo de (re)criação dos tradutores do romance A peste de Albert Camus, a saber, Graciliano Ramos e Valérie Rumjanek, a partir de uma perspectiva sistêmica e funcional. A base teórica e metodológica adotada é a Teoria do Polissistemas desenvolvida por Itamar Even-Zohar e os fundamentos dos Estudos Descritivos de Tradução que têm como principais representantes Gideon Toury, André Lefevere, José Lambert e Hendrik van Gorp. Foram discutidas, durante a análise, questões referentes ao cânone literário, à fidelidade e originalidade e à relação entre autor e tradutor destacando que um dos tradutores envolvidos é um autor já consagrado na língua de chegada. Em seguida, foi feita uma análise macro e micro-estrutural das traduções envolvidas e, por fim, o levantamento e análise dos aspectos semânticos e sintáticos das traduções encontradas, estabelecendo uma relação crítica com o texto de partida. A análise demonstrou as diferenças entre as traduções e como o contexto e a cultura influenciam no processo de (re)criação, além de apontar as principais opções tradutórias de Graciliano Ramos e Valerie Rumjanek que caracterizam seu estilo como tradutores.

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

PALAMARTCHUK, Ana Paulo  Walnice N. Galvão          Dr.      UNICAMP 2003

Título: Os novos barbaros : escritores e comunismo no Brasil (1928-1948)

Sinopse: O objetivo desta tese é compreender a aproximação dos escritores brasileiros com o movimento comunista, entendido como um conjunto de idéias difusas ligadas à União Soviética, à Internacional Comunista e aos partidos comunistas nacionais, entre 1928 e 1948. O recorte cronológico leva em conta, por um lado, os momentos de "eventos históricos", nos quais há maior visibilidade da aproximação dos intelectuais com o Partido Comunista do Brasil- Seção Brasileira da Internacional Comunista e, por outro, as temáticas da "cultura" que organizam as diferentes intervenções sociais dos escritores e que fornecem outros aspectos dessa aproximação mais difusa e menos orgânica. Essa abordagem permite desviar o olhar da "linha política oficial" do PCB ou da IC em relação aos escritores, direcionando-o para suas temáticas próprias como profissionais e produtores de uma literatura. Uma matriz obreirista da identidade comunista acabou se traduzindo na arrogância e na desconfiança da direção do partido em relação aos intelectuais de uma forma geral, o que resultou numa quase imobilidade vertical deles nos aparelhos de direção. Através da descrição problematizada de Astrojildo Pereira, Caio Prado Júnior, Jorge Amado e Graciliano, procura-se observar a simpatia com a qual recebiam as experiências da União Soviética, a sedução pelo comunismo, a aproximação com o Partido Comunista, as suas relações entre si e com outros intelectuais, as suas produções. Procura-se também indagar as formas como o partido os recebeu e enquadrou ao longo de duas décadas, como se posicionou face à criação intelectual e à sua intervenção política e social

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

CONCEIÇÃO, Auríbio Farias   Lourival Holanda           Ms.      UFPE   2004

Título: Somos pedras que se consomem em angústia: A temática da inquietação no diálogo entre Graciliano Ramos e Raimundo Carrero

Sinopse: O presente trabalho se propõe a investigar, à luz da filosofia da existência, manifestações de angústia no diálogo entre Graciliano Ramos e Raimundo Carrero, mais especificamente em suas respectivas obras Angústia e Somos pedras que se consomem, representativas, por excelência, da referida temática nos autores. As personagens conduzem a investigação que visa identificar como a angústia se inscreve nas narrativas. Dessa perspectiva são abordados o encolhimento, a liberdade existencial, a possibilidade de suicídio e a esperança, o incesto e a desmesura. Tais assuntos vão tecendo a inquietação, alvo de discussão de autores como Kierkegaard, Sartre, Gabriel Marcel, Erich Fromm, entre outros convocados para o diálogo com os autores. Daí se depreende que a angústia adâmica, que se manifestava como possibilidade de conhecer o bem e o mal, é análoga à que hoje se manifesta no indivíduo e na cultura, dentre outras formas, como impossibilidade de manter um eu coerente, diante de diferentes identidades. Ou seja, esses textos nos conduzem à compreensão de que a angústia é uma inerência à condição humana, uma vez que o homem só se torna homem através da consciência de si mesmo e essa consciência é em si angústia

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

HESS, Bernard Herman      Rita de Cássia P. Santos   Dr.        UNB    2007

Título: O Escritor e o Infante: uma negociação para a representação do Brasil em Infância

Sinopse: Esta tese procura investigar Infância como obra literária que tematiza, simultaneamente, o mundo do infante e a condição do escritor. Ao adotar uma técnica que cria um espaço discursivo dentro do qual se articula uma estrutura narrativa em dois planos, uma espécie de arena em que se digladiam e definem as questões de classes opostas, do letrado e do iletrado, do escritor e do infante, do moderno e do arcaico, o autor de Infância compõe uma literatura de autoquestionamento. Por um lado, o escritor rememora não só as experiências do menino que foi, mas revisita e revisa essas experiências, faz a releitura das condições pessoais e históricas vividas. Por outro, por ser memória e autobiografia feita por escritor, Infância é também livro de ficção. A representação literária do mundo infantil rememorado e da própria condição de escritor são mundo e condição recriados, reelaborados esteticamente. A tese investiga a formalização da relação entre o escritor e o menino que se trava no plano discursivo da narrativa, como Graciliano faz a partilha do espaço da narrativa, sem apagar ou transfigurar o menino, e também, sem reduzir a dimensão do problema da condição de escritor representada na obra. A forma literária de Infância é o espaço discursivo dessa representação, uma concretização particular da representação do Brasil e do nosso processo formativo inconcluso, uma estética ao mesmo tempo local e universal para a defasagem histórica entre dois projetos: o literário e o social.
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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

QUEIROZ, Carlos E.J. de    Eduardo D.G. Silva             Dr.      UFPE     2007

Título: O espiar da coruja: uma leitura das coisas, dosseres e das idéias no romance São Bernardo deGraciliano Ramos

Sinopse: Este trabalho tem como objetivo a análise da obra São Bernardo, de Graciliano Ramos. Qualificaríamos nosso projeto analítico, de antemão designado como uma leitura interpretativa, como pertencente ao âmbito de uma transdiciplinaridade, notadamente aos campos disciplinares da teoria da literatura e da filosofia. Divide-se em duas partes marcadamente distintas: a primeira, denominada de Teoria (Idéias), tem como visada um continente teórico cujas idéias servirão de base para o conteúdo disposto na segunda parte. Podemos, assim, afirmar que a Parte I atuará como norte epistemológico, justificando o propugnado na parte II; esta última denominada de Leitura (imagens). Neste sentido, a proposta teórico-filosófica do trabalho tem três eixos centrais. O primeiro, discorrido no Capítulo 1 da primeira parte, centra-se numa fenomenologia da percepção, tendo como principal suporte bibliográfico o livro do filósofo Maurice Merleau-Ponty, Fenomenologia da Percepção; neste, postulamos a percepção como um primeiro fundamento de uma estética receptiva, No segundo eixo estabelece-se a memória como o outro central fundamento que posicionará o sujeito intérprete no processo, postulado por nós como fenomênico, de uma leitura. Estes dois fundamentos irão compor com um terceiro, a saber, a concepção hermenêutica de uma estética receptiva tal como pensada pelo teórico literário Wofgang Iser. O terceiro capítulo da parte I vai, deste modo, estruturar-se como hipótese interpretativa que irá amparar a leitura-escritura de toda segunda parte. E, portanto, nesta última, que realizamos a análise do romance São Bernardo. Devemos então afirmar que a investigação do livro, enquanto projeto e ambição metodológica, assume um paradigma estético-fenomenológico que se justifica nos fundamentos teóricos suprareferidos. O livro é, assim, perspectivado capítulo a capítulo, formando um percurso no qual o leitor-intérprete focará compreensivamente as idéias e imagens que tomam, e tomaram, relevo durante a leitura. Atribuindo-se e descobrindo-se significado àquelas passagens que, imantadas por um sentido de valor, sobressaíram, predominantes, à consciência-espírito. A análise do romance in(surge)-se, pois, como troca estética: o leitor-intérprete ao tempo em que se ilumina por ela, clareia e motiva o texto lido

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

DAVID, Debora Leite      Carlos M. H. Serrano              Ms.      USP    2006  

Título: Dois cárceres, uma certeza: a morte. Um estudo comparado entre A vida verdadeira de Domingos Xavier, de José Luandino Vieira e Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos

Sinopse: Este trabalho apresenta uma análise comparada empreendida ao abrigo da linha de pesquisa "literatura e sociedade nos países de língua portuguesa." Deste modo, realizamos o cotejo entre as obras A vida verdadeira de Domingos Xavier, de José Luandino Vieira, escrita em 1961 e publicada em 1974, e Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos, escrita entre os anos de 1946 e 1952, e publicada logo após a morte do escritor em 1953. O objetivo desse trabalho é o estudo do engajamento da Literatura nos problemas sociais e políticos de uma nação e, como recorte principal, a atuação relevante dos escritores no painel social em que se encontram inseridos. A leitura das obras, em que aparece plasmada a realidade representada pelos regimes de exceção mostrou-nos a amplitude da transfiguração da realidade operacionalizada em tais regimes, a iminência da absoluta aniquilação física e psicológica do ser humano, o cárcere no seu interior e o desrespeito à dignidade humana. No entanto, encontramos também diferenças como a estratégia formal adotada por cada escritor e a relação construída entre a identidade individual e coletiva. Essas observações entre outras possíveis permitiram a elaboração de um diálogo comparatista que se orienta principalmente pela problemática do tratamento da forma literária a partir de determinados elementos incidentais e comuns às referidas obras, que são o autoritarismo e a violência.

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

JUAREZ Fº, Edmundo   Luiz Dagobert de A. Roncari     Ms.       USP     2006

Título: História e alegoria em São Bernardo de Graciliano Ramos

Sinopse: O trabalho se propõe a uma leitura alternativa para a obra São Bernardo de Graciliano Ramos. Na fortuna crítica do autor alagoano não se criou um consenso se a revolução que eclode pouco após a morte de Madalena é ou não a Revolução de 30 e, principalmente, qual a função desta revolução na economia do romance. Na perspectiva aqui proposta o tema do livro passa a ser a Revolução de 30, alegoricamente articulada aos fatos ficcionais, na qual Paulo Honório, coronel industrialista, no final da década de 20, luta contra o movimento revolucionário em curso. A teoria do arrependimento e confissão é descartada: quem escreve os capítulos confessionais em realidade é Gondim, dos dois capítulos perdidos e expurgados. Paulo Honório também não será mais visto aqui como um self-made-man, mas um sim como um ser politicamente estruturado, fazendo parte de um partido defensor do modelo exportador, baseado na monocultura cafeeira. Assim a obra de Graciliano acaba por passar ao leitor uma visão político-econômica bastante ampla dos fatos que antecederam o período - e do próprio período - revolucionário de 1930-32. Este trabalho propõe, ainda, como forma bastante diferente de ver literatura, que a base do pensamento de Graciliano é o econômico e que literatura é, em última análise, um modo privilegiado de conhecimento cognitivo da história.

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

BRAGA, Hermide Menquini    Enio José C. Brito           Ms.       PUC/SP   2006

Título: Resistência para viver: as estratégias da condição humana a partir de vidas secas, em seus horizontes de transendência

Sinopse: Resistência para viver: as estratégias da condição humana a partir de Vidas Secas , em seus horizontes de transcendência é um trabalho que nasceu inspirado no drama Vidas Secas, de Graciliano Ramos. Despertou-nos a atenção por apresentar certa tensão entre o apego à vida e as dificuldades de obtenção de recursos primordiais para sua manutenção. As causas decorrentes da organização das sociedades e o elã que predispõe o homem à intelectualidade produzem resistência para viver. Na análise literária da obra destacamos as características de cada personagem e a relação estreita dos membros da família de Fabiano que apresentam traços idênticos de retração social, marcadamente destacada pela dificuldade de expressão verbal. O teor do romance remete esses personagens à cidade, local onde expõem sua inadaptação. Essa realidade torna-se cruel quando o vaqueiro Fabiano sofre prejuízo material em virtude de sua falta de argumentação, nem tanto por impossibilidade intelectual, mas principalmente pela subserviência exigida por sua situação de assentamento em terras do patrão. É nesse contexto que, por meio da análise das estruturas da antropologia cristã, conseguimos compreender as estratégias do espírito na manutenção da vida. O fluxo que liga a vida humana ao mundo exterior e à transcendência nos confere exemplo de esperança provinda da compreensão do que é o homem. Respaldados pela teoria da Antropologia Filosófica de Henrique C. L. Vaz, pela noção de literatura de resistência de Alfredo Bosi e ainda algumas noções da filosofia da metáfora, estudo de Franklin Leopoldo e Silva do pensamento bergsoniano, atingimos a noção de ironia na obra graciliana. Essa postura resistente aproxima o texto de Vidas Secas da dialética socrática. É essa oposição entre a vida e a morte, entre a seca e a cheia, entre a compreensão e a alienação que ressalta a capacidade de comunicação humana com o exterior e o transcendente , identificando a mística natural e a mística cristã, estágios diferentes, mas progressivos na iluminação dita humana

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Autoria                  -              Orientação   -    Grau  -  Local        -   Data

SANTOS, Jackeline Q.P.    Joana Luiza M.A.        Ms.   UFUBERLANDIA  2008

Título: Escrita e memória em São Bernardo

Sinopse: Essa dissertação de mestrado tem como tema as relações entre a escrita e a memória em São Bernardo, de Graciliano Ramos. Analisaremos dessa forma os processos da escrita e da memória na constituição do relato sob a perspectiva de seu narrador protagonista - Paulo Honório. Para tanto, foi necessário fazer um breve comentário a respeito da inserção da obra no Romance de 30, período em que foi escrita; estabelecer paralelos entre o objeto de estudo e as obras A normalista de Adolfo Caminha e Dom Casmurro de Machado de Assis para verificarmos a construção de suas personagens femininas, a questão da escola e a dominação por parte dos narradores diante da narrativa. Esses primeiros elementos são apresentados no primeiro capítulo. No segundo capítulo tratamos da questão do processo da escrita, da autobiografia encenada, da questão da memória utilizada como recurso da escrita, e ainda algumas considerações sobre o relato autobiográfico e a ficção. Esses aspectos são estudados também por meio de uma análise comparativa entre São Bernardo e Infância. O estudo de análise aqui proposto fundamenta-se em pesquisas bibliográficas no que se refere aos aspectos teóricos e historiográficos pressupostos. Em linhas gerais, trata-se de uma análise comparativa assentada em questões pertinentes à teoria da narrativa, com destaque para os processos da memória e da escrita, esta última envolvendo os problemas de autor e narrador. O resultado dessa pesquisa procurou dar embasamento à afirmação de que a obra S. Bernardo, por meio da análise de seu narrador-personagem, é estabelecida por um relato autobiográfico ficcional que se constrói paralelamente aos objetivos e características de seu narrador que, por sua vez, faz uso da memória como um dos elementos principais na construção de sua narrativa tão bem elaborada.

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

ROCHA NETO, João Coelho   Jarbas V. Nascimento      Ms.   PUC/SP  2008

Título: A língua portuguesa no Brasil e os elementos históricos representativos da identidade do homem nordestino em Vidas Secas de Graciliano Ramos

Sinopse: Esta dissertação tem como tema o estudo da relação língua, história, identidade e condição social tomando como objetivo de análise o romance Vidas Secas de Graciliano Ramos, produzido na configuração de pequenos contos de 1937 e publicado em 1938 como romance. Refere-se, por conseguinte, uma pesquisa que visa ao estudo da língua portuguesa em uso no Brasil na década de 30 no que se refere às marcas históricosociais manifestadas como recursos expressivos no romance selecionados. Nossa pesquisa fundamenta-se na Historiografia Lingüística, nas perspectivas apontadas por Konrad koerner, pois, entre outros aspectos, contempla as relações que a Lingüística estabelece com a História para observação da língua. Nesse sentido, a pesquisa objetiva examinar na amostra selecionada como, no século XX, a língua em uso no Brasil dá conta de retratar o homem garantindo-lhe uma identidade sócio-histórico-lingüística ao mesmo tempo em que permite identificar, na dimensão interna do documento, a condição sociocultural do homem brasileiro do sertão nordestino. Vidas Secas é tomado como documento não somente por estar inserido num contexto histórico-cultural, mas também por conter informações lingüísticas, políticas e sociais de uma época. A década de 30, na História do Brasil, pode ser considerada crítica do ponto de vista político e social, pois há uma tensão ideológica entre socialistas e reacionaristas da ditadura Vargas. Assim sendo, o drama de Fabiano e sua família, em Vidas Secas, expressa, na verdade, a comovente fatalidade da sociedade brasileira de então

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

PEREIRA, Wagner da Matta   Afonso H. Vávero           Ms.     UFRGN   2008

Título: Um olho torto na literatura de Graciliano Ramos

Sinopse: Este trabalho analisa, dentro de uma perspectiva psicanalítica e literária, o enigma da cegueira na obra do escritor Graciliano Ramos. A abordagem sobre tal aspecto privilegia as narrativas de Histórias de Alexandre e Infância, pois ambos os livros falam de um mesmo tema: o olho ferido. Busca-se, em toda a obra do autor, uma simbologia maior para essa chaga que impregna tanto o texto de ficção quanto o de memória. O assunto é abordado a partir de três elementos significativos: a fragmentação, o desamparo e a melancolia. Todos estes integram a estética criativa de Graciliano, formando um único objeto. A fragmentação representando o esfacelamento interno de seus personagens, refletido no mundo exterior; o desamparo, diretamente relacionado ao sentimento de rejeição familiar e social; e a melancolia, caracterizada pelo forte sentimento de solidão, pelo saudosismo profundo que envolve toda a obra. O tema do isolamento e da perda é discutido tendo como base Luto e melancolia, de Freud, e na análise de outros teóricos que discutem o mesmo assunto. Trava-se, ainda, um breve diálogo com as teorias românticas e filosóficas, as quais tentaram explicar o estado melancólico do indivíduo diante de momentos angustiantes. Tais teorias servem de suporte para a compreensão do desamparo do herói em Graciliano Ramos e para conjeturar que a cegueira no menino maltratado de Infância seria a linguagem do aspecto traumático. Esta linguagem perpassa o discurso do escritor, marcando-o com a fragmentação e a falta, constituindo-se no objeto perdido que se revela na angústia de seus personagens

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

FARIA, Vivianne Fleury de    Maria IsabelE. Pires          Dr.      UNB     2008

Título: Um Fausto cambembe: Paulo Honório

Sinopse: Neste trabalho partimos de alguns pressupostos da crítica de São Bernardo, de Graciliano Ramos, que dizem respeito ao narrador Paulo Honório, segundo os quais este narrador, por um lado, padece do chamado dilema fáustico e, por outro, é um narrador cindido em eu-narrador e eu-narrado. Do dilema do narrador tratamos na primeira parte O dilema fáustico. Nela, contrapomos narrativas fáusticas européias e latino-americanas com base em seus respectivos dados históricos a fim de investigar o modo pelo qual o mito ocidental adere à matéria local. Na segunda parte Cisão fáustica investigamos e buscamos comprovar, por meio da análise formal do romance, a questão da cisão do narrador de São Bernardo que, segundo nossa leitura, é simultaneamente efetiva e aparente, como o projeto modernizador em região periférica. Por fim, o trabalho visa a questionar a qualidade peculiar dos países em condição periférica, o sentido da sua modernização incompleta e, por último, a resposta de São Bernardo à tragédia da modernidade ocidental

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

SANTOS, Vania Rodrigues      Elizabeth Brait            Ms.     Mackenzie  2008

Título: O poder da linguagem nas sociedades gracilianas

Sinopse: Graciliano Ramos, em suas obras literárias, sempre realizou uma pesquisa da alma humana, nos dizeres de Antonio Cândido. Tal pesquisa é realizada através das perspectivas psicológicas e sociais com o suporte da linguagem literária. Contudo, a linguagem usada pelo escritor alagoano se diferencia: ele legitima a linguagem nordestina, mostrando ao leitor o que o povo deste lugar poderia dizer, pensar e refletir em diversas situações. Dentre a produção literária de Graciliano Ramos, procuramos abordar temas análogos nos quatro primeiros livros editados: em Caetés (1933), São Bernardo (1934), Angústia (1936) e Vidas Secas (1938), podemos encontrar o parentesco estilístico entre o autor e suas personagens; a autocrítica severa da persona literária de Graciliano; a análise do homem em seu meio; os conflitos ideológicos; e, o poder da linguagem nas sociedades gracilianas. O último tema, porém, é analisado com ênfase nas duas últimas obras por haver, em nossa leitura, uma maior abordagem e focalização do autor em relação ao arranjo da linguagem e o meio social em que o homem se insere. Assim, procuraremos auxiliar na investigação dos estudos sobre as obras gracilianas, ampliando o conhecimento da literatura nordestina no Brasil.

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

SILVA, Simone A. L. da     Maria Rosa D. Oliveira         Ms.   PUC/SP   2008

Título: Fabiano: uma personagem dialógica

Sinopse: Esta dissertação interpreta o romance Vidas Secas sob a perspectiva do dialogismo, em decorrência da consciência esboçada por personagens tão rudimentares e do interesse de Graciliano Ramos em revelar a percepção dessas personagens não apenas sobre si mesmas, mas também sobre a realidade circundante. Por isso, os estudos de Mikhail Bakhtin constituem fundamentação teórica de base desta pesquisa, pois Vidas Secas apresenta os mesmos princípios do romance polifônico: realidade em formação, inconclusibilidade, dialogismo e polifonia. Nosso objeto de estudo - a personagem Fabiano - trava um conflito interior, questionando-se sobre sua identidade e sua atuação no mundo. Um aspecto da personagem dialógica, porque, para Bakhtin, onde começa a consciência inicia-se o diálogo. Além disso, Fabiano não é um intérprete do autor, tem independência e liberdade para expor suas opiniões e para tomar decisões. Vidas Secas é constituído basicamente por monólogo interior e a personagem dialógica é construída por um processo de comunicação interativa. Como ocorrerá a construção da autoconsciência de Fabiano? Entendemos que o narrador se pauta pelo discurso indireto livre para encenar os pensamentos da personagem de forma autêntica, já que por meio dessa palavra bivocal foi possível dar voz a quem não tinha, porém, marcando a diferença tonal entre o ponto de vista do narrador, detentor da palavra, e o da personagem, que não a possui. Durante todo o romance, nos defrontamos com esse discurso ambivalente e dialogal no qual ouvimos o ressoar de duas vozes - a de Fabiano e a do narrador que tecem relações dialógicas entre si ora por consonância, ora por dissonância, fazendo de Vidas Secas um verdadeiro espetáculo plurilíngüe

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

COSTA, Rodrigo Cazes     Ana Paula V. Kiffer                Ms.   PUC/RJ  2008

Título: Cinema brasileiro e suas possibilidades como forma de pensamento ensaístico: um percurso através de São Bernardo, Vidas secas e InsÕnia.

Sinopse: Esta dissertação pretende, através do exame de três filmes transcriados de livros de Graciliano Ramos, São Bernardo, Insônia e Vidas-Secas e por intermédio de uma escrita ensaística, tecer considerações sobre a relação docinema com a literatura e, principalmente, considerações sobre a construção da historiografia do cinema brasileiro. Analisamos, dentro deste percurso histórico, principalmente os períodos do Cinema Novo e do cinema brasileirocontemporâneo (1995 até os dias de hoje), buscando novas reflexões para esses períodos, que fujam daquelas consagradas pela historiografia dominante sobre o cinema brasileiro.

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

SANTOS, Robson             Marcelo Siqueira Ridenti     Ms.    UNICAMP  2006

Título: Literatura em fragmentos : historia, politica e sociedade nas cronicas de Graciliano Ramos

Sinopse: Esta pesquisa propõe realizar uma análise das condições socioculturais intrínsecas ao espaço literário brasileiro na primeira metade do século XX, por meio das crônicas de Graciliano Ramos, reunidas nos livros Linhas Tortas e Viventes das Alagoas. Pautando-se numa abordagem sociológica da literatura, busca-se esclarecer como os escritos ? publicados originalmente em jornais e revistas do Rio de Janeiro e de Alagoas, entre 1915 e 1952 ? representam elaborações estéticas que sintetizam visões de mundo e que se imbricam à história social brasileira, ao direcionarem seu foco narrativo para os conflitos políticos, às alterações dos grupos detentores do poder, assim como à emergência de novos atores sociais. Objetiva-se ainda demonstrar como as crônicas exprimem o processo de transformações no campo literário e intelectual brasileiro, que não deixa de possuir reverberações na trajetória social e criativa de Graciliano Ramos

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

RIBEIRO, Renildo          Vera Lufia R.C de Araujo        Ms.        UFAL  2006

Título: Um itinerário de lutas e buscas: esperança e resistência em Vidas secas, de Graciliano Ramos, e Os flagelados do vento leste, de Manuel Lopes

Sinopse: Tendo como ponto de partida os romances Vidas secas do escritor alagoano Graciliano Ramos e Os flagelados do vento Leste do cabo-verdiano Manuel Lopes aborda-se o diálogo literário entre Brasil e Cabo Verde, sobretudo a partir de uma contextualização das obras em relação ao regionalismo da década de 30. Nesse trabalho, longe de fazer juízo de valor quanto à influência de um sistema literário sobre outro, é enfatizado os processos de auto-identificação e interdependência entre as literaturas do Brasil e de Cabo Verde, que configuram-se como uma relação de parceria e completude. Também observa-se, neste trabalho, as manifestações e configurações utópicas propulsoras dos atos de resistência na representação dos personagens brasileiros e cabo-verdianos fixados em seus respectivos espaços. E por fim, constata-se a semelhança não apenas temática e ideológica de Graciliano Ramos e Manuel Lopes como também suas afinidades na concepção que tinham de obra de arte, no processo criativo e na forma como concebiam a função do texto literário.

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

VASQUEZ, Marta Maria L.   Fernando Segolin              Ms.     PUC/SP  2007

Título: O eu como produto do tempo e da memória: uma leitura de Angústia, de Graciliano Ramos

Sinopse: O objetivo da nossa pesquisa é perceber no romance Angústia, de Graciliano Ramos, de que maneira o universo espácio-temporal dos eventos narrados, no plano da enunciação discursiva da personagem principal funciona como um simulacro da proposição textual, e como a presença do sujeito não se restringe apenas às marcas da pessoa ou ao emprego dos certos tempos verbais. Nossa proposta desenvolve-se em três etapas. A primeira dela consiste num apanhado geral sobre o que é tempo nos textos de Santo Agostinho e Marcel Proust. Levantamos alguns aspectos relativos à inserção do homem no tempo e ao conceito de memória involuntária. Sobretudo, no que respeita a esta última modalidade temporal, as pesquisas de Jeanne Marie Gagnebin foram determinantes para a leitura que fizemos. Na segunda parte, analisamos o romance à luz do conceito de tempo presente não só nos dois autores citados, adotamos também a concepção moderna de tempo de Anatol Rosenfeld, o tempo do pesadelo, como uma atividade de complexidade inerente ao fazer humano. No terceiro capítulo, tentou-se dar relevo, mediante o desdobramento da voz, à recuperação da memória e da imaginação sob a forma de escrita: o livro-testamento. Neste sentido, as considerações de Maurice Blanchot, desenvolvidas em O livro por vir, serviram para fundamentar as leituras e considerações relativas à memória e à reminiscência

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

FERREIRA, Maria Soledade     Olga de Sá                   Ms.     PUC/SP  2007

Título: O desvelar do silêncio na obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos

Sinopse: Este trabalho situa-se na área da Literatura e Crítica Literária. Interpreta a obra Vidas secas, de Graciliano Ramos, sob a perspectiva do desvelar do silêncio, cujo discurso ressalta a poesia no ritmo e nas imagens que as palavras (re)criam em um meio hostil. Verifica a sobrevivência do poético, por meio da linguagem, apesar do silêncio das personagens. Fundamenta a manifestação verbal do silêncio; a construção do romance e a poética do silêncio. Discute os aspectos estruturais do discurso narrativo, o emprego de elementos formais como: a reconstituição do estado mental das personagens nos monólogos, a cena nos diálogos, a retórica das constantes repetições, o foco narrativo e o enfoque temporal cronológico como papel preponderante do surgimento das impressões do silêncio. Confere importância à obra no âmbito da Literatura Brasileira, como uma forma de expressão artística. Legitima o processo de construção desta obra como um fenômeno literário, ao enfocar o ato criador sob os aspectos estruturais e estilísticos da comunicação verbal. Trata da causalidade das formas do silêncio manifestadas pelo emprego de novas técnicas narrativas e pela seleção do código lingüístico. Por último, expõe o drama das personagens na busca da palavra como meio de sobrevivência. Para tanto, a linguagem é revelada em dois planos: no externo, as palavras não passam de tentativas inacabadas de diálogo; no interno, os diálogos evoluem sem erros lingüísticos, com coerência e com extrema capacidade de visualização da imagem-linguagem

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

NUNES, Maria Lúcia S.     Charilton J.S. Machado        Dr.       UFRGN  2005

Título: Sociedade, mulher e educação nos romances de Graciliano Ramos

Sinopse: Este trabalho, cujo objeto de estudo é a história da educação da mulher na década de 1930, apresenta-se como uma leitura da representação da mulher e da configuração da sociedade brasileira no referido período. Utilizo como fonte os romances São Bernardo, Angustia e Vidas secas do escritor alagoano Graciliano Ramos (1892 1953) associados à leitura das Constituições, do Código Civil e de mensagens presidenciais daquela década e aos textos produzidos por outros estudiosos que apresentam alguma relação com a temática ora abordada. Busco em Chartier (1988, p.21) a definição para representação que pode ser compreendida como a relação entre uma imagem presente e um objeto ausente, aquela tendo o valor deste porque com ele se harmoniza. Recorro ao conceito de configuração dado por Elias (1969) que a entende como sendo o agrupamento social formado pela rede de interdependências que se dá entre um conjunto de indivíduos reunidos por um motivo qualquer. A totalidade das ações de cada indivíduo com o outro, permeada de pontos de tensão e de equilíbrio, é o que caracteriza cada configuração; seja a reunião de professores e alunos numa sala de aula, seja o encontro de amigos na mesa de bar, por exemplo. A tentativa de compreender a representação da mulher, escolarizada ou não, os papéis a ela atribuídos na sociedade conforme o seu grau de instrução e como essa mesma sociedade via essa mulher guiou-me por categorias que foram sendo definidas no decorrer das sucessivas leituras: gênero, estado civil, educação, domínio da linguagem, sexualidade, casamento, família, mulher ideal. Realizo esta leitura - a que me foi possível fazer - com a pretensão de não ter perdido de vista a relação entre história e literatura nem esquecido as especificidades de cada uma

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

SILVA, Luciana M. F. da     Sebastien Joachim             Ms.      UFPE     2002

Título: Graciliano Ramos e Sebastião Salgado: significação, intensidade e tensão numa poética do fragmentário

Sinopse: Este estudo consiste numa análise comparativa entre Vidas Secas de Graciliano Ramos e seis fotografias de Sebastião Salgado que constam no livro Terra de sua autoria. As relações foram estabelecidas a partir de dois eixos. Considerando a estrutura de conto dos capítulos de Vidas Secas, o primeiro eixo diz respeito às relações estabelecidas por Julio Cortázar entre o conto e a fotografia a partir das noções de significação, intensidade e tensão. O segundo eixo se refere às imagens do corpo das personagens e dos fotografados como elementos significativos na condução da intensidade e tensão nas obras comparadas

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

PESSOA, Katia Regina     Maria Rosa D. Oliveira          Ms.     PUC/SP   2008

Título: A invenção do eu em Angústia, de Graciliano Ramos

Sinopse: Este estudo tem por objetivo investigar a invenção do eu em Angústia, de Graciliano Ramos, à luz do gênero autobiográfico em seu desdobramento: a ficção autobiográfica, tendo em vista que aquele que escreve não é o autor real, mas seu outro ficcional. Tal desdobramento correlaciona-se com dois grupos de imagens que se repetem continuamente no interior do relato, seja na memória que as registrou, seja no plano da própria escritura. O primeiro deles corresponde ao elemento cobra, que simboliza fusão, sedução e asfixia. O segundo faz alusão ao rato e representa dissolução e contaminação elementos estes que, inseridos no campo discursivo, a partir da estratégia de escrita utilizada pelo autor-narrador Luís da Silva, configuram o ato escritural. A metodologia de análise consistiu em colher as reverberações desses dois núcleos de imagens por meio da seleção de fragmentos do romance, de forma a construir as micro-narrativas: sub-conjuntos que recolhem as idéias de jogo, sedução, asfixia, morte e despedaçamento disseminadas pela escritura e capazes, também, de proporcionar a possível associação de lembranças passadas à narrativa do presente, por intermédio da projeção imagética. Como conclusão, foi possível detectar o grau de densidade da trama textual que, a partir do desdobramento espiralado dos dois conjuntos de imagens, reconstruiu tanto uma escritura sedutora, asfixiante e dilacerada, propiciada pela cobra/corda, quanto subterrânea e despedaçada, sugerida pela imagem dos ratos, seres que percorrem e povoam livremente os cantos escuros e recônditos dos subterrâneos de Angústia. Diante disso, o autor ficcional enseja, por intermédio da imaginação e da conjunção de fragmentos, sua própria invenção

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

FRANCO, Adenize A.      Helena H. Tornquist                Ms.      UFSC  2005 

Título: Angústia, de Graciliano Ramos e a Deformação Expressionista

Sinopse: Este trabalho procura mostrar que a visão distorcida da realidade, própria da arte moderna, não se restringe às artes plásticas. Essa visão, representante de um outro modo de olhar e sobretudo ver o real, encontrou também na obra literária possibilidades de se externar. Angústia, de Graciliano Ramos, inscreve-se na Literatura Brasileira como um romance rico em imagens resultantes da visão deturpada de um narrador em conflito consigo mesmo. A narrativa de Luís da Silva é analisada a partir do poder de visualização do narrador - em seus aspectos subjetivos e sua expressividade - em seus pontos de contato com a pintura expressionista, de modo especial com O Grito, de Edvard Munch.

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Autoria                  -              Orientação        -        Grau  -  Local  -  Data

CAMPOS, Daniel C. F. dos     Carlos E.S. Capela          Dr.      UFSC    2006 

Título: Máquinas literárias, máquinas carcerárias: os escritos de Graciliano Ramos Reinaldo Arena e Jean Genet

Sinopse:

Esta tese, cujo eixo central gira em torno do estudo de narrativas prisionais de Graciliano Ramos, Reinaldo Arenas e Jean Genet, constroem-se em dois blocos principais. O primeiro trata das narrativas como escritos-testemunhos com base na filosofia de Giorgio Agamben. Somam-se ao debate desse conceito outras noções como literatura menor, máquina literária-máquina de guerra, máquina carcerária, fluxos desejantes e a dobra memória-esquecimento, desenvolvida pelo pensamento filosófico de Gilles Deleuze e Felix Guattari, cujo aporte teórico tece trama e sustém a tese. Incorpora-se também à discussão a dobra literatura-confinamento, direcionando o ângulo da análise ao imperativo de escrever no cárcere e a angústia ante a impossibilidade de não poder satisfazê-lo, tema em que se faz uma aproximação com a psicanálise. O segundo bloco detém-se no aparato-aparelho carcerário, com atenção às engrenagens que movem a máquina carcerária no exercício do controle e da vigilância e cujo poder é confrontado e enfrentado pelo poder paralelo e pelas engrenagens desejantes da máquina literária. No entrecruzamento desses dois poderes procura-se apreender as estratégias "beligerantes" de cada lado, os estratagemas que se traduzem em linhas de fuga, camuflagens, processos de territorialização, desterritorialização e reterritorialização comandados pelo desejo/trabalho de construção clandestina de passagens desejantes-desejadas por parte dos corpos aprisionados. No que se refere ao poder carcerário destaca-se o Panóptico, solução arquitetônica para qual tudo converge. A proposta para o entendimento desses agenciamentos diversos concretizou-se, na tese, com a elaboração de uma cartografia das passagens, nesse mapeamento, pela apreensão/compreensão dos territórios das bordas, das margens e dos fluxos centrífugos e centrípetos, foi possível perceber que o que atravessa essas narrativas, isto é, o tema que as percorre, o problema central é o teorema do desejo; o desejo como força motriz produtora e provocadora de fendas, fissuras, derivas e devires que conduzem à liberdade, ainda que enjaulados os corpos em celas escuras e subterrâneas. Por fim, e como conseqüência, observa-se o incessante movimento-fluxo-fruição-gozo de escrever e a impossibilidade de não escrever.

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Autoria         -            Orientação                Grau  -  Local  –  Data

BATISTA, Eloisy  O.    Márcio Seligmann-Silva     Ms.  UNICAMP  2009

Título: As memórias de Graciliano Ramos

Sinopse: Esta pesquisa aborda essencialmente a obra Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos e tem o intuito de explorar questões relacionadas à concepção de memória com a qual trabalha o autor na elaboração de sua escrita autobiográfica, problematizando a definição de genêro e a própria construção discursiva do "eu". Assim, se faz necessário delimitar a importância da experiência que gerou o enredo na totalidade do relato e pensar a relação entre o presente da narrativa e o passado vivido (linguagem e real). Consequentemente, não se pode fugir do enfrentamento entre memória e literatura; até porque a natureza da obra estudada provoca essa discussão quando o próprio autor afirma que seu relato terá a liberdade de uma escrita literária, mas tratará de personagens reais e de acontecimentos verídicos, por isso, não será um romance.

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Autoria           -             Orientação     -          Grau – Local  - Data

LIMA, Marcos Hidemi    Gizêlda M. Nacimento  Ms.  UEL       2008

Título: Mulheres de Graciliano: configurações femininas em S. Bernardo, Angústia e Vidas Secas

Sinopse: Este trabalho tem como objetivo promover uma reflexão acerca das personagens femininas de três romances de Graciliano Ramos: S. Bernardo (1934), Angústia (1936) e Vidas secas (1938). Em choque com a ordem patriarcal, nos primeiros decênios do século 20, estas mulheres das obras graciliânicas prefiguram algumas conquistas obtidas a partir dos anos 60. Apoiado nos conceitos fornecidos por Roberto Reis (A permanência do círculo), Roberto DaMatta (A casa & a rua), Gilberto Freyre (Casa-grande & senzala), Affonso Romano de Sant'Anna (O canibalismo amoroso) e Antonio Candido (Ficção e confissão), o estudo perscruta o papel feminino num mundo masculino, subvertendo-o à medida que tenta livrar-se deste cerceamento que lhe é imposto pelo homem.

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Autoria                      -               Orientação        -     Grau  -  Local - Data

CARVALHO, Luciana dos Santos  Jane F. Tutikian        Dr.        UFGRS  2009

Título: Graciliano Ramos : a dor e a náusea

Sinopse: O presente trabalho de doutoramento em Literatura Brasileira, intitulado Graciliano Ramos: a dor e a náusea, consiste na análise dos quatro romances de Graciliano Ramos - Caetés (1933), São Bernardo (1934), Angústia (1936) e Vidas Secas (1938) - à luz de alguns preceitos básicos do expressionismo alemão, com o objetivo de propor um deslocamento de perspectiva em relação ao discurso hegemônico da historiografia e da crítica literária tradicional, que vêem essas obras como a expressão máxima de uma determinada região, em uma determinada época, limitando-as, portanto, a um contexto sócio-histórico e cultural bem definido. Para a leitura que aqui se propõe, no entanto, esses romances iluminam, numa linguagem enxuta e prenhe de significados intemporais, a força de convicção moral desse escritor que ostenta, através da deformação da realidade, uma emoção intensa, com toda uma carga de prospecção da dor humana.

 

 

Prossiga na entrevista:

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Como escreve?
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