Nasceu em 25/01/1940, Gongoji, região do cacau da Bahia. Advogado, compositor, dramturgo tradutor, escritor e essencialmente poeta. Pertenceu à geração da Revista da Bahia, juntamente com Cyro de Mattos, Marcos Santarrita, José Carlos Capinam, Ruy Espinheira Filho entre outros. Publicou seu primeiro livro de poesia, Somente um Canto, em 1968, e continuou publicando livros de poesia e de prosa (romances, teatro e ensaios).
Participou ativamente do Movimento Poesia Som que promovia recitais e comícios de poesia e poemas seus saem em antologias de circuito nacional e internacional. Como compositor, teve 46 músicas gravadas por Vinícius de Moraes, Maria Bethânia, Alcione, Toquinho, Nelson Gonçalves e Maria Creuza. Entre os seus perceiros estão Baden Powell, Vevé Calasans, Gerônimo e Carlinhos Cor das Águas. Foi Ogá de Oxum e Obá Aré da Casa de Xangô, do Axé Opó Afonjá. Foi o autor da ópera afro-brasileira Lídia de Oxum, com música de Lindembergue Cardoso, regida por Júlio Medaglia, levada às margens da Lagoa do Abaeté, em Salvador, para um público de cerca de 30 mil espectadores. A ópera foi apresentada, em seguida, em diversos palcos brasileiros. Foi tradutor e professor de Inglês por quase 20 anos, experiência da qual se serviu em seu livro A arte de traduzir. Sua obra poética é vasta, tendo sido apreciada por nomes expressivos da cultura no Brasil e no exterior. Obras em poesia: Somente um Canto (1968), Imago (1972), Ditado (1974), O Canto do Homem Cotidiano (1977), Poemas Seletos (1977), Tapete do Tempo (1980), A Ninfa (1993), Odes brasileiras (1998), Nove sonetos da Inconfidência (1999), Flores do Caos, sonetos, (2008).Romances, contos, crônicas, teatro: O Domador de Mulheres, Romance, (2003); O amor é um pássaro selvagem, Contos, (2004); Até que a morte os una, Novela, (2004); Lídia de Oxum, Teatro, (2005). Ensaios: A Arte de Traduzir (1994); Nossos colonizadores africanos, (1995); Candomblés na Bahia (2000). Faleceu em 31/10/2010.
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