Jean-Paul Charles Aumard Sartre

Nasceu em 1905 em Paris, França. Escritor, filósofo e dramaturgo, é considerado o fundador do existencialismo, ou ao menos lhe dá uma nova feição a partir da ontologia existencialista de Martin Heidegger. Iniciou sua carreira literária com A náusea (1938), em que já anuncia elementos que irão compor sua filosofia. Na obra O ser e o nada: ensaio de ontologia fenomenológica (1943), apresentou o existencialismo, afirmando-o, em seguida, com outro livro, O existencialismo é um humanismo (1946). Sua literatura é filosófica, o pensamento é transformado em personagens. Sempre teve uma atuante participação política e criou o conceito de literatura engajada, que discute os atuais problemas políticos e sociais. O teatro é, talvez, o lado mais forte de seu talento diversificado. Suas primeiras peças – As moscas (1943) e Portas fechadas(1944) – já revelam sua preocupação com a questão política-social. As seguintes continuam com a mesma temática, como Mortos sem sepultura (1946), ou variam para temas sociais, como o racismo: A prostituta respeitosa (1946); a ética: Asmãos sujas (1948); e a religião: O diabo e o bom Deus (1951). Sua obra literária é composta ainda por alguns romances: A idade da razão (1945), O prazo concedido (1945) e A morte na alma (1949), e por ensaios de crítica literária, que foram reunidos em seis volumes: Situations (1947-1963). Outra contribuição significativa na área é o ensaio Que é literatura?. Faleceu em 1980.