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ENTREVISTA SIMULTÂNEA
Manuel Vásquez Montalbán

Nasceu em 1939, em Barcelona, Espanha. Poeta, ensaísta, jornalista, dramaturgo e romancista expoente da literatura espanhola, conhecido sobretudo pela série de romances policiais. Contudo, curiosamente, não era aficionado deste gênero literário, em que a tônica é o mistério. Interessara-lhe particularmente o romance noir americano da década de 1920, que adaptou ao seu próprio estilo de fundir literatura e memória mesclado com uma dose de crítica social: “Procuro questionar os problemas sociais e revitalizar a memória histórica, ameaçada de desaparecer”. Tal objetivo se expressa em O profeta impuro (1995), que trata da vida de Jesus Galíndez, um nacionalista basco, de vida controversa, que passou a trabalhar para o FBI e CIA. Não se sabe até agora por que esta obra não foi filmada, pois contém elementos que daria um bom filme. Galíndez foi seqüestrado em 1956, em plena Quinta Avenida de Nova York e enviado à República Dominicana para ser torturado e assassinado pelo General Trujillo. Autor de extensa obra – seu primeiro livro é de poesia: Uma educación sentimental (1967) –, tem mais de 30 livros traduzidos em diversos idiomas. Em português, podem-se encontrar: O estrangulador, Os mares do sul, Autobiografia do general Franco, O quinteto de Buenos Aires, Carmen Posadas e Pequenas infâmias. Em 1972, criou o detetive “Pepe Carvalho”, uma espécie de alterego, que protagonizou diversas obras e ficou conhecido em todo o mundo. Foi agraciado com importantes prêmios espanhóis e europeus como o Nacional de Literatura, Planeta, Raymond Chandler, Europa e o Nacional de la Crítica. Participou ativamente na política em oposição ao regime franquista e integrou o Partido Socialista Unificado de Cataluña (comunista), sendo condenado a três anos de prisão em 1962. Desde essa época teve participação sociopolítica na imprensa e nos movimentos sociais. Em 2002, foi um dos principais convidados do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, e um dos articulistas mais destacados do jornal El País até 18 de outubro de 2003, quando veio a falecer repentinamente.

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