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ENTREVISTA SIMULTÂNEA
Mario Chamie

Nasceu em 01/04/1933, em Cajobi, SP. Poeta, ensaísta, advogado, professor e Secretário da Cultura da cidade de São Paulo no período 1979-1983. Em sua gestão foi fundado o Centro Cultural São Paulo. É um dos nomes mais importantes das vanguadas surgidas no final da década de 1950. Estreou na poesia com o livro Espaço inaugural (1955) e três anos depois recebe o Prêmio Nacional de Poesia, com seu terceiro livro: Os rodízios (1958). Com o próximo livro - Lavra lavra (1962) - recebe o Prêmio Jabuti e no mesmo ano funda e dirige a revista “Práxis”, que lidera um novo movimento: o poema-práxis como uma dissidência do movimento concretista. Ao conceituar e polemizar a poesia práxis, desenvolve intenso trabalho no campo do ensaio literário, porém sem abandonar a poesia e lançando mais livros: Now tomorrow mau (1963); Indústria (1967); Planoplenário (1974); Objeto selvagem (Quiron/Mec, 1977) reúne sua produção poética até aquele momento. Em 1979 A Summus Editorial lança uma antologia de poemas selecionados da obra completa: Sábado na hora da escuta. Outros livros de poesia: 1986 - A Quinta Parede (1986); Natureza da coisa (1993); Caravana contrária (1998). Para Gilberto Freyre, a poesia de Chamie expressa a tensão de contrários, ou seja, a dialética entre a sofisticação fiolosófica e o selvagem latino-americano e compara-o à linha de João Cabral de Melo Neto e á de Lezama Lima, em língua espanhola. Afirma que “seu verbo é incisivo e unicamente seu. E de tal modo singular que a poesia, por vezes, é transpoesia e não poesia. É uma expressão nova em língua portuguesa. Sua filosofia é também uma filosofia tão sua que é nova. Transfilosofia”. Em termos de produção ensaística, temos: Palavra-levantamento (Liv. São José Ed.1963); Alguns problemas e argumentos (Conselho Estadual de Cultura, 1969); Intertexto (Práxis, 1970); A transgressão do texto (Práxis, 1972); Instauração práxis (Quiron,1974); A linguagem virtual (Conselho Estadual de Cultura, 1976) e Casa da época (Conselho Estadual de Cultura, 1979) e A palavra inscrita (Funpec, 2004). Faleceu em 03/07/2011.

Prossiga na entrevista:

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