Thomas Kennerly Wolfe
Nasceu em 2 de fevereiro de 1931, nos EUA. Jornalista, cronista, escritor e um dos fundadores do “new journalism”. Consegue aliar a imagem de um dândi - sempre de terno de branco, camisa listrada e sapato bicolor - com um divertido e cáustico analista da sociedade americana. “A maioria dos intelectuais de esquerda em Nova Iorque não vê nada a não ser o interior de seus apartamentos. O que acontece nas ruas, eles observam de dentro de um táxi, no caminho para o escritório de seus agentes”, disse numa entrevista à Veja em 1999. E fala com conhecimento de causa, pois é Ph.D em estudos americanos pela Yale University. Como jornalista profissional só escreve sobre o que observou e analisou de perto. Assim, foi com seu primeiro romance Fogueira da vaidades (Rocco,1982), retratando a vida fútil e abastada dos investidores de Wall Street. O livro resultou no filme homômimo, lançado em 1990 e Dirigido por Brian De Palma, obtendo um grande sucesso. Mais tarde, outro de seus lançamentos, Radical Chique e o novo jornalismo (Cia. das letras 2005), logo transformou-se em best-seller. A obra reúne alguns dos artigos publicados nas décadas de 1960 e 1970. No posfácio Joaquim Ferreira dos Santos afirma que “se os Beatles colocaram uma colher de LSD na música, Tom Wolfe pôs um pote no jornalismo”. Crítico ferrenho da arte contemporânea, escreveu em 1987 A palavra pintada (L&PM), ironizando alguns artistas nova-iorquinos. Em 2005 esteve no Brasil para fazer uma palestra na Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro e lançar seu terceiro romance Eu sou Charlotte Simmons (Rocco, 2005). Muitos de seus livros foram traduzidos pela Rocco: Os eleitos (1988); Da Bauhaus ao nosso caos (1990) O teste do ácido do refresco elétrico (1993); A emboscada no Forte Bragg (1999); Um homem por inteiro (1999); Ficar ou não ficar (2001).
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