William Seward Borroughs nasceu - em uma família rica, Borroughs Corporation - em Saint Louis, EUA, em 05/02/1914. Escritor, pintor e crítico social, viajou extensamente pela Europa e retomando depois aos Estados Unidos, trabalhou em várias ocupações - entre elas, as de detetive, exterminador de ratos e barman. Posteriormente diplomou-se em literatura inglesa pela Harvard, mas não alimentava simpatia alguma com o ambiente acadêmico. Viveu no México, em Tânger (Marrocos), em Londres e Paris. Seu primeiro livro (publicado com o pseudônimo de Will Lee) foi Junkie (Junkie: confessions of an unredeemed drug addict, 1953). Apesar de fazer parte da geração beat, seus livros têm pouco em comum com restante desses autores. Sua linguagem diferenciada provém de fluxos de consciência durante o uso de alucinógenos. Foi um dos pioneiros da literatra experimental, tanto no universo léxico escatológico, urbano, comum e absurdo como no consumo de drogas para produção subjetiva de textos. Seu processo de escrita, conhecido como "Cutup" era parecido com a técnica utilizada em montagens cinematográficas, e consistia na jsutaposição de materiais diversos numa nova esturtura que altera o sginificado de cada um deles, em função do novo contexto. Sua obra mais conhecida é Almoço nu (Naked Lunch, 1959), que Robert Lowell chamou de "um inteiramente sério e poderoso, tão bom quanto qualquer outro escrito por um escritor beat em prosa ou poesia, e um dos livros mais vivos escrito por qualquer americano nos últimos anos". Mary McCarthy o descreveu como "o escritor do século que mais profundamente abalou os cognoscenti da literatura". Norman Mailt considera "o único romancista americano vivo atualmente que se pode imaginar possuído de gênio". Outras obras de William Burroughs incluem The Exterminator (em parceria, com Byron Gysin, 1960), The soft machine (1961), The ticket that expio (1962), Cartas do Yage (The Yage Letters, em parceria com Allen Ginsberg, 191 e Nova express (1964). Muita atenção tem sido dispensada aos esforços de Burroughs em aplicar à literatura as técnicas mais avançadas da pintura, da música e do cinema. Marshall McLuhan o considera único no sentido de que "ele está tentando reproduzir em prosa aquilo que aceitamos todos os dias como sendo um lugar-comum da vida na era da eletricidade". Faleceu em 02/08/1997.